Tecnologia e o modelo social de deficiência: Considerações sobre corponormatividade e estigma

Authors

DOI:

https://doi.org/10.33871/2317417X.2025.22.10882

Keywords:

Body normative. Disability. Stigma. Cyborg Man.

Abstract

This article investigates the relationship between technology, stigma, and disability, with an emphasis on technological innovations that impact social perception and the inclusion of people with disabilities in society. Beyond that, its specific objective is to understand the concepts of stigma, prejudice, and ableism, and how these mechanisms affect the social inclusion of people with disabilities; furthermore, it aims to explore the intersections between the body, cyberculture, cyborg anthropology, and the social model of disability, and how current technologies impact the social experiences of people with disabilities. Through analysis, the study seeks to provide reflections on how these mechanisms affect social inclusion, highlighting the interaction between body, technology, and social norms. The study addresses the creation of technological prostheses and assistive devices, which not only aim for functional recovery but also seek an appearance closer to the standard of normality, often associated with the rejection of bodies considered “defective.” Additionally, it explores the intersections between cyberculture, cyborg anthropology, and the social model of disability, discussing the impact of technologies on identity construction and the social experiences of people with disabilities. The research is justified by the need to understand how exclusionary social practices can be transformed and how technology can act in light of this perspective. To achieve these objectives, the adopted methodology is a qualitative bibliographic review, aiming to systematize existing knowledge and promote an articulation between the topics, contributing to future discussions on inclusion and disability in contemporary society.

Downloads

Download data is not yet available.

References

Bock, G. L. K., & Nuernberg, A. H. (2018). As concepções de deficiência e as implicações nas práticas pedagógicas. Anais do 7º Congresso da Educação Básica: Docência na Sociedade Multitelas. COEB.

Brito, F. B. (2021). Discernindo o capacitismo na escola. Anais do 4º Congresso Internacional de Educação Inclusiva. UFPB. https://editorarealize.com.br/editora/anais/cintedi/2021/TRABALHO_EV156_MD1_SA11_ID63_17102021210549.pdf

Candau, V. M. F., Sacavino, S. B., Lucinda, M. da. C., Andrade, M., & Guersola, M. (2012). Somos todos(as) iguais? Lamparina.

Csordas, T. (2008). Corpo/significado/cura. Editora UFRGS.

Diniz, D. (2003). O que é deficiência. Brasiliense.

Diniz, D., Barbosa, L., & Santos, W. R. dos. (2009). Deficiência, direitos humanos e justiça. Sur: Revista Internacional de Direitos Humanos, 6(11), 64-77.

Foucault, M. (2002). Em defesa da sociedade: Curso no Collège de France (1975-1976). (M. E. Galvão, trad.). Martins Fontes.

Gama Raiol, R. W., & De Mattos Alencar, E. L. (2020). Bioética e transhumanismo: Uma discussão sobre as pessoas com deficiência e a ideia de ciborgue. Revista Brasileira de Direito Animal, 15(2). 10.9771/rbda.v15i2.37734.

Gil, A. C. (1999). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. Atlas.

Goffman, E. (2004). Estigma: Notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. LTC.

Haraway, D. (1989). Símios, Ciborgues e mulheres: A reinvenção da natureza. Routledge.

Exoesqueleto robótico para pessoas com deficiências motoras chega ao SUS por R$ 1 milhão. (2023, 2 de junho). Isto É. https://istoe.com.br/exoesqueleto-robotico-para-pessoas-com-deficiencias-motoras-chega-ao-sus-por-r-1-milhao/

Kenski, V. M. (2018). Verbete: Cultura digital. In D. Mill (Org.), Dicionário Crítico de Educação e Tecnologias e de educação a distância. Papirus. https://www.academia.edu/43844286/Verbete_CULTURA_DIGITAL

Kim, J. H. (2013). O estigma da deficiência física e o paradigma da reconstrução biocibernética do corpo. [Tese de Doutorado em Antropologia Social, Universidade de São Paulo]. Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP. https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-10022014-111556/pt-br.php

Kotlinski, J., & Pereira, B. C. (2017). A educação como um meio transformador da consciência histórica. Revista Discente Ofícios de Clio, 2(3), 104-114. https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/CLIO/article/view/12878/8457

Kunzru, H. (2000). Você é um ciborgue? Um encontro com Donna Haraway. In H. Kunzru, D. Haraway, & T. T. da Silva (Org.), Antropologia do Ciborgue: As vertigens do pós-humano (pp. 17-32). Autêntica.

Lei 13.146, de 6 de julho de 2015. (2015, 7 de julho). Institui a Lei Brasileira de Inclusão das Pessoas com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Presidência da República. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm

Lemos, A. (1999). A Página dos Cyborgs. Facom. http://www.facom.ufba.br/pesq/cyber/lemos/intro.html

Lemos, A. (2023). Cibercultura: Tecnologia e vida social na cultura contemporânea (9a ed.). Sulina. https://www.editorasulina.com.br/img/sumarios/289.pdf

Magalhães, R. de C. B. P., & Ruiz, E. M. (2011). Estigma e currículo oculto. Revista Brasileira de Educação Especial, 17(spe1), 125-142.

Marco, Victor Di. (2020). Capacitismo: O mito da capacidade. Letramento.

Mello, A. G. de, & Nuernberg, A. H. (2012). Gênero e deficiência: Interseções e perspectivas. Revista Estudos Feministas, 20(3), 635-655. https://www.scielo.br/j/ref/a/rDWXgMRzzPFVTtQDLxr7Q4H/?format=pdf&lang=pt.

Mello, A. G. de. (2014). Gênero, deficiência, cuidado e capacitismo: Uma análise antropológica de experiências, narrativas e observações sobre violências contra mulheres com deficiência. [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina]. Repositório Institucional da UFSC. https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/182556

Mello, A. G. de. (2016). Deficiência, incapacidade e vulnerabilidade: Do capacitismo ou a preeminência capacitista e biomédica do Comitê de Ética em Pesquisa da UFSC. Ciência & Saúde Coletiva, 21, 3265-3276. https://doi.org/10.1590/1413-812320152110.07792016

Santos, G. M. (2021). Trabalho, corponormatividade e capacitismo: O sistema de cotas para pessoas com deficiência da Lei 8.213/91 à luz da teoria Crip. [Monografia de Graduação em Direito, Universidade Federal de Ouro Preto]. Biblioteca Digital de Trabalhos de Conclusão de Curso. https://www.monografias.ufop.br/bitstream/35400000/3068/1/MONOGRAFIA_TrabalhoCorponormatividadeCapacitismo.pdf

Santos, S. C. dos; Kabengele, D. do C.; Monteiro, L. M. (2022). Necropolítica e crítica interseccional ao capacitismo: Um estudo comparativo da convenção dos direitos das pessoas com deficiência e do estatuto das pessoas com deficiência. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, 1(81), 158-170. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v1i81p158-170

Santos, W. R. dos. (2008). Pessoas com deficiência: Nossa maior minoria. Physis: Revista De Saúde Coletiva, 18(3), 501-519. https://doi.org/10.1590/S0103-73312008000300008

Silva, É. N. C. (2013). (M)eu corpo: A subjetivação na corporeidade deficiente. [Monografia de Graduação em Psicologia, Centro Universitário de Brasília]. Repositório do UniCEUB. https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/235/4519

Woodward, K. (2014). Identidade e diferença: Uma introdução teórica e conceitual. In Thomaz Tadeu Silva (Org.), Identidade e diferença: A perspectiva dos estudos culturais (14a ed., pp. 7-72). Vozes.

Published

2025-07-14

How to Cite

Cenci Gasperin, J., & Demétrio Pereira, C. (2025). Tecnologia e o modelo social de deficiência: Considerações sobre corponormatividade e estigma. InCantare, 22(1), 1–20. https://doi.org/10.33871/2317417X.2025.22.10882