Bewegungsfarbe e cânone sobressaturado: Atmosphères de György Ligeti

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Autores

  • Claudio Vitale Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.33871/23179937.2016.4.2.1317

Resumo

Neste artigo estudamos um fenômeno que foi denominado por Koenig de "timbre de movimento" (Bewegungsfarbe) e teve grande impacto na música e pensamento do compositor György Ligeti. Observamos também um fenômeno similar pertencente ao século XIX no final de A Valquí­ria de Richard Wagner. A partir das declarações de Ligeti fazemos uma análise em relação ao lugar que a tecnologia tem na sua estética. Neste sentido, tratamos da técnica da micropolifonia como uma transposição metafórica das técnicas advindas do campo da música eletrônica. Finalmente, nos debruçamos na análise de um "cânone sobressaturado" num trecho de sua obra Atmosphères e destacamos a importância desta técnica no estabelecimento de gradações do material musical.

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Biografia do Autor

Claudio Vitale, Universidade de São Paulo

Claudio Vitale é compositor e pesquisador. Realizou Pós-doutorado no Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (2014), e no Laboratório de Excelência GREAM da Universidade de Estrasburgo (2014-15), França. Fez Doutorado (2013) e Mestrado (2008) na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, sobre a obra do compositor György Ligeti. Possui Bacharelado em Composição (2005) e Licenciatura em Harmonia, Contraponto e Morfologia Musical (2002) pela Facultad de Bellas Artes, Universidad Nacional de La Plata, Argentina. Atualmente, realiza Pós-doutorado na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

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Publicado

31.10.2016

Como Citar

Vitale, C. (2016). Bewegungsfarbe e cânone sobressaturado: Atmosphères de György Ligeti. Revista Vórtex, 4(2), 1–17. https://doi.org/10.33871/23179937.2016.4.2.1317

Edição

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Artigos

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