INSCRITA DE SI:

NOÇÕES FOUCAULTIANAS SOBRE O CORPO-ARTEFATO

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.33871/22386084.2025.15.28.299-322

Palabras clave:

Inscrita de si; biopolítica; Michel Foucault; saber-poder.

Resumen

O artigo investiga as modificações no corpo, como tatuagens e cirurgias plásticas, entendendo-as como expressões culturais ou “inscritas de si”. O referencial teórico privilegiou a noção de biopolítica do filósofo francês Michel Foucault. No que tange à metodologia empregada, a pesquisa se caracteriza como exploratória de natureza bibliográfica. Os resultados obtidos permitiram mapear que a estrutura de saber-poder exerce influência marcante sobre o corpo. Discute-se, mediante esses resultados, a complexidade da “inscrita de si”, tensionando os fatores que levaram certas práticas a serem alocadas no campo da saúde, da estética e da marginalidade.

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Biografía del autor/a

Anderson Barcelos Martins, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Doutorando e Mestre (2023) em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGEDU, UFRGS). Especialista em Orientação Educacional (2017) e Gestão Educacional (2021) pela Universidade La Salle (UNILASALLE). Pós-Graduado em Neurociência aplicada ao processo de aprendizagem pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS, 2018). Bacharel e Licenciado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS, 2014). Pesquisador do Núcleo de Estudos sobre Currículo, Cultura e Sociedade da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - NECCSO/UFRGS (CNPq) e do Grupo de Estudos em Educação, Interdisciplinaridade e Tecnologias - GEEDINTEC/UFRGS (CNPq). Atua na Pró-Reitoria de Graduação e Educação Continuada (PROGRAD) da PUCRS. Tem interesse em investigações interdisciplinares no campo da Educação, a partir de uma perspectiva pós-estruturalista, contemplando particularmente as temáticas corpo, autolesão não suicida, subjetividades, saúde mental, manifestações midiáticas, tecnologias digitais e redes sociais. 

Luana Bellini Klein, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Licenciada UFRGS)

Licenciada em História (UFRGS). É integrante do Grupo de Estudos em Educação, Interdisciplinaridade e Tecnologias (GE-EDINTEC/UFRGS-CNPq)

Andresa Silva da Costa Mutz, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Professora na Universidade Federal do Rio Grande do Sul vinculada ao Departamento Interdisciplinar (UFRGS/CLN), onde atende os cursos de graduação presenciais e os no formato EaD. Atua como docente permanente na Linha de Pesquisa dos Estudos Culturais em Educação, junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEDU/UFRGS). Doutora (UFRGS) e Mestre (ULBRA) em Educação na linha dos Estudos Culturais em Educação. Licenciada em História (UNISINOS). Líder do Grupo de Estudos em Educação, Interdisciplinaridade e Tecnologias - GEEDINTEC/UFRGS (CNPq) e do Núcleo de Estudos sobre Currículo, Cultura e Sociedade da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - NECCSO/UFRGS (CNPq) e membro no Grupo de Estudos em Educação, Cultura, Ambiente e Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande - GEECAF/FURG (CNPq). Atuou como professora Adjunta da FURG (2014-2018), na graduação e na Pós-Graduação em Educação, onde tem orientações de mestrado concluídas na Linha de Pesquisa dos Estudos Culturais em Educação. Atuou como AVALIADORA DO PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO DIDÁTICO (2023) - Objeto 1 - Ensino Fundamental. Interesses de pesquisa: Educação, Discurso, Artefatos Culturais, Trabalho e Identidades Docentes na Cultura Digital. Problematizações acerca das marcas da Cultura Digital na vida contemporânea por meio da análise das relações entre discurso e produção de sujeitos com interesse especial em representações e processos identitários relacionados à docência em diversos "lugares" da mídia: revistas, jornais, blogs, redes sociais, plataformas digitais. 

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Publicado

2025-07-31

Cómo citar

Barcelos Martins, A., Bellini Klein, L., & Silva da Costa Mutz, A. (2025). INSCRITA DE SI: : NOÇÕES FOUCAULTIANAS SOBRE O CORPO-ARTEFATO. Revista Educação E Linguagens, 15(28), 299–322. https://doi.org/10.33871/22386084.2025.15.28.299-322

Número

Sección

Dossiê “Vigiar e punir 50 anos depois: discursos de vigilância, controle e movimentos de contraconduta”