A experiência de crianças autistas com a musicoterapia improvisacional: estudo fenomenológico inspirado em Deligny
DOI:
https://doi.org/10.33871/2317417X.2025.22.10720Palabras clave:
Criança autista, Musicoterapia improvisacional, Deligny, FenomenologiaResumen
Este artigo apresenta uma pesquisa qualitativa, que utilizou como procedimento metodológico a fenomenologia. O objetivo foi analisar e compreender de que modo a criança autista recebe e vivencia a musicoterapia durante os encontros e no seu dia a dia, bem como descrever e analisar esse processo. Três crianças autistas, com idade entre 3 e 5 anos, participaram da pesquisa, em 16 encontros individuais. Para a obtenção das informações foi empregada a abordagem de musicoterapia improvisacional de orientação musicocentrada, que possibilita uma forma de interagir por meio da improvisação musical. Os encontros e as falas das mães foram descritos no diário de campo, e foi feita a análise psicológica de cada criança, o que resultou na história individual de cada uma delas. As histórias foram lidas, e delas sobressaíram as unidades de significado, que levaram à análise psicológica geral da experiência, evidenciando os resultados: melhoras na comunicação e interação social e musical, o que deu indícios de que a musicoterapia significou um espaço de alegria e liberdade de expressão para as crianças participantes. Este trabalho se inspirou nas experiências de Fernand Deligny (1913–1996) e apresenta a musicoterapia como mais uma forma de aproximação às crianças autistas, permitindo-lhes maneiras outras de expressão e relacionamento.
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