A INFLUÊNCIA DA PRÁTICA MUSICAL NO DESEMPENHO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL EM ADULTOS
DOI:
https://doi.org/10.33871/2317417X.2022.16.1.8093Palavras-chave:
Audição, Música, Percepção auditiva, Plasticidade neuronalResumo
Objetivo: Comparar os resultados dos testes Gap In Noise - GIN, Masking Level Difference - MLD e Pitch Pattern Sequence - PPS, entre músicos amadores (grupo experimental-GE) e participantes sem qualquer experiência musical (grupo controle-GC). Método: 30 participantes dos sexos masculino ou feminino, de 18 a 30 anos, divididos em (idade média = 21,33 ± 3,08 anos), distribuídos em dois grupos: 15 músicos amadores (idade média = 20,46 ± 1,72 anos) e 15 voluntários do grupo controle (idade média = 22,0 ± 3,92 anos). Todos os participantes foram submetidos à avaliação audiológica básica e aos testes não verbais Gap In Noise – GIN; Masking Level Difference – MLD e Pitch Pattern Sequence – PPS. Na análise, utilizou-se estatística descritiva e aplicação do teste inferencial de Kruskal-Wallis para verificar a significância entre os resultados dos dois grupos. Resultados: As porcentagens médias encontradas nos resultados dos dois grupos demonstraram diferença estatisticamente significativa nos testes Gap In Noise (GIN) e Pitch Pattern Sequence (PPS), nas etapas e murmúrio e nomeação, com melhor desempenho dos músicos amadores comparados aos não músicos. No teste Masking Level Difference (MLD), não houve diferença significativa entre os grupos, notando-se, porém, melhor desempenho dos músicos amadores. Verificou-se ainda, diferença significativa entre o número de resultados normais e alterados, ressaltando que todos os testes alterados estavam relacionados ao grupo de não músicos. Conclusão: Músicos amadores apresentaram resultados melhores nos testes não-verbais da avaliação do processamento auditivo central em relação ao grupo de participantes sem experiência com a música.