A MUSICOTERAPIA SOB UM OLHAR POLÍTICO: Reflexões a partir de entrevistas
DOI:
https://doi.org/10.33871/2317417X.2019.11.2.3435Resumo
O fazer político de uma população está diretamente relacionado ao contexto no qual a política está inserida e as suas definições. Neste trabalho, conceituamos e refletimos sobre políticas - como chamaremos o conjunto que inclui política, o fazer político, organização de classe, representação de classe e políticas públicas - para discutir questões da profissão de Musicoterapia. Esta pesquisa surge por um sentimento de falta de pesquisas sobre essas questões, e tem como objetivo avaliar como musicoterapeutas e estudantes de Musicoterapia se relacionam com política e classe. Para isso, o presente trabalho utiliza de entrevistas semi-estruturadas, realizadas com 10 estudantes e profissionais de Musicoterapia, gravadas em áudio, transcritas e analisadas individualmente, fundamentando-se na pesquisa qualitativa. As análises foram realizadas com uma divisão pelos temas: (a) Política; (b) Organização e Discussão de Classe e Política em Musicoterapia; (c) Políticas Públicas e Musicoterapia; (d) Regulamentação da Musicoterapia; (e) Órgãos de representação de Classe em Musicoterapia. As respostas são discutidas sob a ótica dos conceitos de políticas que fundamentam o trabalho e, ao longo das análises, foi observado pouco conhecimento sobre os temas citados e pouco diálogo entre a classe. Isso demonstrou que a Musicoterapia ainda tem um longo caminho político no que diz respeito a temas sobre a profissão, necessitando de mais estudos nessa área.Downloads
Referências
AUTOR., 2007.
BLOG DA ASSOCIAÇíO DE PROFISSIONAIS E ESTUDANTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS (APEMEMG). Quem somos. Não paginado. Disponível em: <https://apememg.wordpress.com/sobre/>. Acesso em: 26 nov. 2019.
BRUSCIA, K. E., Definindo musicoterapia. 2. ed. Rio de Janeiro: Enelivros, 2000.
CHAGAS, M.; BRASIL, C.; CABRAL, B.P., Precisamos falar sobre política. Revista Brasileira de Musicoterapia, nº 24, p. 72-90, 2018.
CHAVES, S.E., Os movimentos macropolíticos e micropolíticos no ensino de graduação em Enfermagem. Interface, Botucatu, 2014; v. 18 n. 49 p.325-36.
CORRÊA, H. V., Análise das grades curriculares e perfil dos estudantes de graduação em musicoterapia no brasil. 59 f. 2017. Monografia (graduação) – Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2017;
FRANCO, T. B.; Gestão Em Redes; in Pinheiro, R. & Matos, R.A., LAPPIS-IMS/UERJ-ABRASCO, Rio de Janeiro, 2006
LATOUR, B. Se falássemos um pouco de política? In: Política e Sociedade, Revista de Sociologia Política; n 5, p. 04-40. 2004.
LAVILLE, C.; DIONNE, J., A construção do saber: Manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Editora artes médicas Sul Ltda.; Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999;
LUKíCS, G., Consciência de Classe. 1920, p. 1-28. Disponível em: <https://www.marxists.org/portugues/lukacs/1920/consciencia/cap01.htm>. Acesso em: 20 de agosto de 2019.
MARANHíO, A. L., A Visão Integral de Ser Humano como Base na Formação do Musicoterapeuta. In: Encontro Sul-brasileiro de Musicoterapia 1., 2008, Curitiba/ PR. Musicoterapia - Identidade, Formação e Mercado de Trabalho. Curitiba / PR: Griffin, 2008. v. 1. p. 17-26;
MINISTÉRIO DO TRABALHO. Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) Brasília, 2017. Disponível em: <http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/pesquisas/BuscaPorTituloResultado.jsf>. Acesso em: 26 de novembro de 2019
OLIVEIRA, G. C.; LOPES, V. R. S.; DAMASCENO, M. J. C. F.; SILVA E. M., A contribuição da musicoterapia na saúde do idoso, 2012 Cadernos UniFOA
Edição nº 20, Dezembro, 2012.
OLIVEIRA, M. F.; OSELAME, G. B.; NEVES, E. B.; OLIVEIRA, E. M., Musicoterapia como ferramenta terapêutica no setor da saúde: uma revisão sistemática. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 12, n. 2, p. 871-878, ago./dez. 2014
SAMPAIO, R. T.; LOUREIRO, C. M. V.; GOMES, C. M. A., A Musicoterapia e o Transtorno do Espectro do Autismo: uma abordagem informada pelas neurociências para a prática clínica. Per musi [online]. 2015, n.32, p.137-170. ISSN 1517-7599. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/permusi2015b3205>. Acesso em: 24/07/2019.
SANTANA, D. S. T.; ZANINI, C. R. O.; SOUSA, A. L. L. Efeitos da música e da Musicoterapia na pressão arterial: uma revisão de literatura. InCantare: Rev. do Núcleo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares em Musicoterapia, Curitiba, p. 37-57, v.5, 2014.
SANTOS, M; PEDRO, R. M. L. R., Musicoterapia em ação: primeiros movimentos da invenção de uma profissão. Revista Brasileira de Musicoterapia, n. 9, p. 1-12, 2009.
SILVA, L. C.; FERREIRA E. A. B. F.; CARDOZO E. E., A música e a musicoterapia no contexto hospitalar: uma revisão integrativa de literatura. In: Simpósio Brasileiro de Musicoterapia, 14 e Encontro Nacional de Pesquisa em Musicoterapia, 12., Anais [...]. Olinda, p. 75-89, 2012;
UNIíO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE MUSICOTERAPIA (UBAM). Quem somos. Brasília, 2019. Disponível em: <http://ubammusicoterapia.com.br/institucional/sobre-nos-ubam/>. Acesso em: 26 de novembro de 2019.