Contribuições da psicologia ecológica de Gibson para a criação de instalações sonoras interativas

Visualizações: 7

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33871/vortex.2024.12.9513

Palavras-chave:

Instalações sonoras interativas, ecologia acústica, psicologia ecológica, J. J. Gibson, cognição musical

Resumo

Explora possíveis contribuições da Psicologia Ecológica de Gibson para a criação artística em Instalações sonoras interativas. Fornece uma revisão histórica da evolução dessa forma de arte, destacando a crescente ênfase no papel do espaço e do corpo (ação do público) na formação do conceito de interatividade. Investiga como a pesquisa em acústica ecológica integrou perspectivas interdisciplinares da sociologia, antropologia e ciência cognitiva para promover um ambiente acústico mais equitativo e justo. Considerando que o conceito de corpo situado no mundo é fundamental tanto para a Arte Interativa quanto para a Ciência Cognitiva, em especial para a Psicologia Ecológica de Gibson, este texto apresenta seus principais aspectos. Em seguida, discute como esses aspectos podem ser aplicados em Instalações sonoras interativas. Para concluir, sugere que a aplicação dos conceitos da Psicologia Ecológica em Instalações sonoras interativas pode contribuir para os objetivos da recente ecologia acústica em criar um ambiente acústico mais justo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rael Bertarelli Gimenes Toffolo, Universidade Estadual do Paraná

Rael Toffolo é compositor, pesquisador e professor associado da Universidade Estadual do Paraná - Campus II e colaborador no Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Sua pesquisa se concentra nas conexões entre Ciência Cognitiva e Criação Musical, particularmente no campo da Arte Interativa. É membro fundador e presidente na gestão de 2020 a 2023 da Associação Brasileira de Cognição e Artes Musicais. Como compositor, dedica-se à música acústica e eletroacústica, instalações e performances audiovisuais, tendo recebido prêmios em concursos nacionais e internacionais. Foi Secretário Municipal de Cultura de Maringá e como Diretor de Cultura da Universidade Estadual de Maringá. Atualmente, coordena o GRITARIA: Grupo de Estudos Interdisciplinares de Arte Interativa (CNPq/UEM) e é membro do NAT - Núcleo de Arte e Tecnologia (CNPq/Unespar).

Referências

ASCOTT, Roy. Behaviourist art and cybernetic vision II. Cybernetica, v. 10, n. 1, p. 25–56, 1967.

ATTALI, Jacques. Bruits. Essai sur l’économie politique de la musique. Paris: Presses universitaires de France, 1986.

BONFIM, Cássia Carrascoza. Telematic Music: Six Perspectives. Leonardo Music Journal, v. 19, p. 95–96, 1 Dec. 2009.

CARDASSI, Luciane.; BERTISSOLO, Guilherme. Colaboração compositor-performer: uma proposta de metodologia. Anais do XXIX Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação (ANPPOM). Proceedings. In: XXIX CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO. Pelotas: Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música, 2019.

CARIANI, Peter. Emergence and Artificial Life. Artificial Life II – Santa Fe Institute Studies in the Science of Complexity, v. 10, p. 775–797, 1992.

CLARKE, Eric Fillenz. Ways of Listening: An Ecological Approach to the Perception of Musical Meaning. Oxford; New York: Oxford University Press, 2005.

CORNOCK, Stroud.; EDMONDS, Ernest. The Creative Process Where the Artist Is Amplified or Superseded by the Computer. Leonardo, v. 6, n. 1, p. 11, 1973.

DI SCIPIO, Agostino. ‘Sound is the interface’: from interactive to ecosystemic signal processing. Organised Sound, v. 8, n. 3, p. 269–277, 2003.

DINKLA, Söke. The history of interfaces in interactive art. Proc. of the 1994 Int. Symp. on the Electronic Arts (ISEA). Proceedings. In: ISEA94: FIFTH INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON ELECTRONIC ART. Helsinki, Finland: ISEA, 1994. Available at: https://www.kenfeingold.com/dinkla_history.html. Accessed on: 01 Mar. 2023.

ECO, Umberto. Obra Aberta: forma e indeterminação nas poéticas contemporâneas. São Paulo: Perspectiva, 1990.

GARNETT, Guy. The Aesthetics of Interactive Computer Music. Computer Music Journal, v. 25, n. 1, p. 21–44, 2001.

LAKOFF, George.; JOHNSON, Mark. Metaphors We Live By. London: University Of Chicago Press, 2003.

GIANNETTI, Cláudia. Estética digital: sintopia da arte, a ciência e a tecnologia. Belo Horizonte: C/Arte, 2006.

GIBSON, Eleanor Jack. Principles of perceptual learning and development. New York: Appleton-Century-Crofts, 1969.

GIBSON, James Jerome. The Senses Considered as Perceptual Systems. London: Gorge Allen & Unwin LTD, 1966.

GIBSON, James Jerome. Ecological Approach to Visual Perception. Hillsdate: Lawrence Erlbaum Associates Publishers, 1979.

GLUSBERG, Jorge. A arte da Performance. São Paulo: Ed. Perspectiva, 2011.

GRAHAM, Berly. A Study of Audience Relationships with Interactive Computer-Based Visual Artworks in Gallery Settings, though Observations, Art Practice and Curation. Doctor of Philosophy—London: University of Suderland, 1997.

GRAHAM, Berly. Histories of Interaction and Participation: Critical Systems from New Media Art. In: BULLEN, J. B. (Ed.). Performativity in the Gallery: Staging Interactive Encounters. Cultural Interactions Studies: in the Relationship between the Arts. Oxford: Peter Lang, 2014. v. 31, p. 65–84.

HAYDEN, Sam.; WINDSOR, Luke. Collaboration and the composer: case studies from the end of 20th century. Tempo, v. 61, n. 240, p. 28–39, 2007.

HERVÉ, Jean-Luc. La musique et son biotope. Analyse musicale, v. 76, n. June, 2015.

PETITOT, Jean; VARELA, Francisco J.; PACHOUD, Bernard; ROY, Jean-Michel (EDS.). Naturalizing Phenomenology: issues in contemporary Phenomenology and Cognitive Sciences. Stanford: Stanford University Press, 1999.

LABELLE, Brandon. Acoustic justice: listening, performativity, and the work of reorientation. New York City: Bloomsbury Academic, 2021.

MERLEAU-PONTY, Maurice. Phénoménologie de la perception. Paris: Editions Gallimard, 1945.

MAMEDES, Clayton Rosa. Design sonoro e interação em instalações audiovisuais. Thesis (PhD in Music)—Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2015.

MAMEDES, Clayton Rosa. Participação em Instalações Interativas. Art&Sensorium, v. 5, n. 1, p. 39–54, 10 June 2018.

MICHAELS, Claire F.; CARELLO, Claudia. Direct Perception. Englewood Cliffs: Prentice-Hall Inc, 1981.

NEWEN, Albert.; BRUIN, Leon de; GALLAGHER, Shaun. (EDS.). The Oxford Handbook of 4E Cognition. Oxford: Oxford University Press, 2018.

PENNY, Simon. Emergence, Agency, and Interaction—Notes from the Field. Artificial Life, v. 21, n. 3, p. 271–284, Aug. 2015.

PLAZA, Julio. Arte e interatividade: autor-obra-recepção. ARS (São Paulo), v. 1, n. 2, p. 09–29, Dec. 2003.

RANCIÈRE, Jacques. The Emancipated Spectator, Five Lessons in Intellectual Emancipation. New York: Stanford University Press, 1990.

ROWE, Robert. Interactive Music Systems. Massachusetts: The MIT Press, 1993.

ROWE, Robert. The Aesthetics of Interactive Music Systems. Contemporary Music Review, v. 18, n. 1, p. 83–87, 1999.

SALTZ, David Zucker. The Art of Interaction: Interactivity, Performativity, and Computers. The Journal of Aesthetics and Art Criticism, v. 55, n. 2, p. 117, 1997.

SANTAELLA, Lucia. Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura. São Paulo: Editora Paulus, 2003.

SCHAFER, Raymond Murray. A afinação do mundo. São Paulo: Ed. Unesp, 1997.

SMALLEY, Denis. The listening imagination: Listening in the electroacoustic era. Contemporary Music Review, v. 13, n. 2, p. 77–107, 1996.

SOLOMOS, Makis. From music to sound: the emergence of sound in 20th- and 21st-century music. Abingdon, Oxon; New York, NY: Routledge, 2020.

VARELA, Francisco. J.; MATURANA, Humberto; URIBE, Ricardo. Autopoiesis: The organization of living systems, its characterization and a model. Biosystems, v. 5, n. 4, p. 187–196, 1974.

VARELA, Francisco. J.; THOMPSON, Evan; ROSCH, Eleanor. The Embodied Mind: Cognitive Science and Human Experience – Revised Edition. Massachusetts: MIT Press, 2017.

VON FOERSTER, Heinz.; PASK, Gordon. A Predictive Model for Self-Organizing Systems, Part I. Cybernetica, v. 3, n. 1, p. 258–300, 1961.

WATERS, Simon. Performance Ecosystems: Ecological approaches to musical interaction. EMS07 – The ‘languages’ of electroacoustic music – Leicester. Proceedings. In: EMS07. Leicester: EMS, 2007. Available at: http://www.ems-network.org/IMG/pdf_WatersEMS07.pdfb. Accessed on: 01 Mar. 2023.

Downloads

Publicado

01.12.2024

Como Citar

Bertarelli Gimenes Toffolo, R. (2024). Contribuições da psicologia ecológica de Gibson para a criação de instalações sonoras interativas. Revista Vórtex, 12, 1–29. https://doi.org/10.33871/vortex.2024.12.9513

Edição

Seção

Dossiê “New Sound Ecologies”

Métricas