As tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC) acessíveis às pessoas com deficiência visual no ensino superior

alcances dialógicos nos discursos docentes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33871/2317417X.2024.20.1.8784

Palavras-chave:

Ensino Remoto, TDIC, Acessibilidade Digital, Deficiência visual, Inclusão Social

Resumo

O presente estudo tem por objetivo compreender as vozes sociais presentes nos discursos de docentes que já ensinaram a alunos com alguma deficiência, acerca do debate sobre inclusão. Procuramos compreender também as relações com as Tecnologias Digitais da Comunicação e Informação (TDIC) para as pessoas com deficiência visual, na Universidade Federal Rural de Pernambuco, considerando-se as transformações contextuais decorrentes da pandemia da COVID- 19. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que se organizou em dois momentos, realizados entre agosto de 2021 e setembro de 2021. No primeiro momento, foi aplicado um questionário com cinco docentes; posteriormente, foi realizada uma entrevista semiestruturada com quatro docentes que compuseram o universo da pesquisa e se propuseram a participar desta etapa. Para as análises, foi construído um método de categorização das respostas, com base no dialogismo de Bakhtin. Isso possibilitou compreender as relações dialógicas nos enunciados dos professores que vivenciaram a realidade na pandemia, a qual provocou a emergência de novos significados sobre as tecnologias e ambientes virtuais de aprendizagem. Os resultados apontaram que existe integração das pessoas com deficiência visual na instituição, mas não inclusão, como a lei assegura aos estudantes. Nos discursos dos sujeitos, é possível encontrar produções de sentidos sobre a falta de capacitação de professores, a dificuldade na propagação de informações na universidade, bem como limites de uma sociedade que ainda precisa avançar para propiciar a inclusão. Contudo, destacou-se nos alcances discursivos a inquietação dos professores diante das questões que foram levantadas, evidenciando vozes que fomentam desejos e ações pela inclusão.

 

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Biografia do Autor

Maria Camila dos Santos Rocha, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2021). Atualmente é mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação, Culturas e Identidades na UFRPE/FUNDAJ. É bolsista da Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco - (FACEPE). Membra do Grupo de Pesquisa e Estudos sobre a Docência (GPED). É também pesquisadora do projeto de pesquisa da UFRPE em parceria com a FUNDAJ sobre condições de acesso e permanência para garantia de qualidade no Ensino Superior. 

Flávia Mendes de Andrade e Peres, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Estágio Pós-Doutoral no Centro Internacional Cabo de Hornos, pela Pontificia Universidad Catolica de Chile (PUC-Chile) e Universidad de Magallanes (UMAG-Chile). Doutorado e mestrado em Psicologia Cognitiva (UFPE, 2007/2002); graduação em Psicologia (UFC, 1997). Professora Associada da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), na Área de Psicologia do Departamento de Educação. Professora permanente do Programa de Pós-Graduação Educação, Culturas e Identidades (UFRPE/FUNDAJ) Possui experiência em temas relacionados a processos de subjetivação na contemporaneidade, atuando principalmente em orientação a: Memória Biocultural; Responsividade Ética e Produção de Sentidos na Educação do Campo; Subjetividade e Estética em Contextos Rurais; Análise Dialógica do Discurso. Também atuou como consultora em educação e metodologias de uso - do C.E.S.A.R (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife/UFPE).

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Publicado

2024-09-03