MUSICOTERAPIA NA INTERAÇÃO SOCIAL DE PESSOAS COM TEA: estudo de revisão
DOI:
https://doi.org/10.33871/2317417X.2016.7.2.1754Resumo
A Classificação Diagnóstica do Transtorno do Espectro Autista (TEA) de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM), em sua quinta edição abrange um conjunto de patologias com características comuns que outrora eram identificadas separadamente. O tratamento do TEA considera fatores como diferenças de idade, grau de comprometimento, comorbidades, situação familiar e social e saúde. As abordagens utilizadas devem contemplar as particularidades de cada caso, portanto, ocorre a inexistência de uma abordagem exclusiva no tratamento. No aspecto social das intervenções, as ações possuem uma perspectiva objetiva pautada no comportamento e outra subjetiva, que considera os processos afetivos e cognitivos subjacentes. A música em musicoterapia rompe barreiras que dificultam a comunicação e expressão de sentimentos do indivíduo com TEA, podendo proporcionar a reintegração dessas pessoas por meio do possível desenvolvimento de habilidades sociais. A partir desse conhecimento clínico e científico, o presente estudo de revisão, tem como objetivo abordar estudos sobre o TEA, interação social e habilidades sociais, associando-as à musicoterapia, como uma forma de tratamento a indivíduos com esse diagnóstico. Este artigo é parte de um projeto de pesquisa cadastrada no Comitê de Ética em Pesquisa[1] na instituição de origem do estudo. Assim, espera-se trazer contribuições efetivas, em publicações futuras, sobre o tema abordado.
Downloads
Referências
AMORIM, L.C.D. Associação de Amigos do Autista. Publicado em 2014. Disponível em: <http://www.ama.org.br/site/diagnostico.html>. Acesso em: 23 jul. 2016.
ARANHA, M.S.F. A interação social e o desenvolvimento humano. Temas psicol., Ribeirão Preto, v. 01, n. 03, dez, 1993. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X1993000300004>. Acesso em: 26 jun. 2017.
ARAUJO, J.M. G; ANSAY, N.N. Panorama nacional das publicações de musicoterapia do Transtorno do Espectro Autista (TEA) - de 2005 a 2015. Revista InCantare, Curitiba, v.06, n.02, p.122-148, 2015.
ASPERGER, H. Os "psicopatas autistas" na idade infantil. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, Clássicos da Psicopatologia, São Paulo, v.18, n. 02-04, p. 314-727, 2015.
AUTISM SPEAKS Inc. 2008 Um kit de 100 dias. Disponível em: <http://www.autismspeaks.org/sites/default/files/100_day_kit_brazilian_portuguese.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2017.
BAPTISTA, J.A.A. O Potencial para a Empregabilidade de Pessoas com Autismo de Alto Funcionamento ou Síndrome de Asperger nas Empresas Portuguesas. 2015. 55f. Dissertação. (Mestrado em Gestão de Serviços de Saúde)-ISCTE Business School, Instituto Universitário de Lisboa, 2015. Disponível em: <https://repositorio.iscte-iul.pt/bitstream/10071/ 11856/1/Joana%20Baptista_tese.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2017.
BARCELLOS, L.R.M. Musicoterapia: Alguns escritos. Rio de Janeiro: Enelivros, 2004. 142 p.
BENENZON, R.O. Musicoterapia. De la teoría a la práctica. Nueva edición ampliada. Madrid: Paidós, 2011.
BOLSONI-SILVA, A.T.; CARRARA, K. Habilidades sociais e análise do comportamento: compatibilidades e dissensões conceitual-metodológicas. Psicologia em Revista, Belo Horizonte, v.16, n.2, p. 330-350, ago. 2010.
BRANDALISE, A. Musicoterapia Aplicada í pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA): uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Musicoterapia, v. 15, n. 15, 2013, p. 28-42.
BRASIL. Decreto nº 13.438, de 26 de abril de 2017. Planalto. Brasília, DF, 26 abr. 2017. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13438.htm>. Acesso em: 17 jun. 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Linha de cuidado para a atenção í s pessoas com transtornos do espectro do autismo e suas famílias na Rede de Atenção Psicossocial do Sistema Único de Saúde/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção í Saúde, Departamento de Atenção Especializada e Temática. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.
BRUSCIA, K.E. Definindo Musicoterapia. 2. ed. Rio de Janeiro: Enelivros, 2000.
BRUSCIA, K.E. Improvisational Models of Music Therapy. Illinois (USA), 1987.
CASAS, A.G. Musicoterapia y autismo. Revisión de la literatura al respecto y aplicación en un caso práctico. Tesina Máster de Musicoterapia. ISCEP, 2011.
CRAVEIRO DE Sí, L. A teia do tempo e o autista: música e musicoterapia. Goiânia: UFG, 2003
CUNHA, R.; VOLPI, S. A prática da Musicoterapia em diferentes áreas de atuação. Revista Científica/FAP, Curitiba, v.3, p. 85-97, jan./dez. 2008. Disponível em: <http://www.fap.pr.gov.br/arquivos/File/RevistaCientifica3/11_
Rosemyriam_Cunha_Sheila_Volpi.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2017.
DEL PRETTE, Z.A.P; DEL PRETTE, A. Habilidades sociais e análise do comportamento: Proximidade histórica e atualidades. Revista Perspectivas, v. 01, n.02, p. 104-115, 2010. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2177- 35482010000200004>. Acesso em: 26 jun, 2017.
DEL PRETTE, Z.A.P; DEL PRETTE, A. Psicologia das habilidades sociais: terapia e educação. Rio de Janeiro: Vozes, 1999.
DSM-V, American Psychiatnc Association. Maria Inês Corrêa Nascimento et al. (trad.). Porto Alegre: Artmed, 2014. Disponível em: <http://c026204.cdn.sapo.i o/1/c026204/cld-file/1426522730/6d7 7c9965e17b15/b37dfc58aad8cd477904 b9bb2ba8a75b/obaudoeducador/2015/DSM%20V.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2016.
DURAN, A.P. Interação social: o social, o cultural e o psicológico. . Temas psicol., Ribeirão Preto, v. 01, n. 03, dez, 1993. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X1993000300002>. Acesso em: 26 jun, 2017.
FERNANDES, P.R.S. Musicoterapia e Pertubação do Espetro do Autismo. Journal of Research in Special Educational Needs, Braga, v. 16, n. 01, p. 725–730, 2016.
FREIRE, M.H.; PARIZZI, M.B. As relações dos efeitos terapêuticos da Musicoterapia Improvisacional e o desenvolvimento musical de crianças com autismo, Revista Nupeart, v. 14, p. 47-55, 2015.
FUENTES, J.; BAKARE, M.; MUNIR, K. ;AGUAYO, P.; GADDOUR, N.; ÖNER, Ö. Autism spectrum disorder. In Rey JM. (ed.). IACAPAP e-Textbook of Child and Adolescent Mental Health. Geneva: International Association for Child and Adolescent Psychiatry and Allied Professions 2014.
GATTINO, G.S. Musicoterapia e autismo: teoria e prática. São Paulo: Memnon, 2015.
GUERREIRO, M.F.C.F. A intervenção da Musicoterapia em adultos portadores da perturbação do espectro de autismo. 2015. 100 f. Dissertação (Mestrado em Musicoterapia)-Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Lusíada de Lisboa, 2015. Disponível em: <http://repositorio.ulusiada.pt/bitstream/11067/2157/1/mmt_maria_guerreiro_dissertacao.pdf>. Acesso em: 08 maio 2016.
KANNER, L. Distúrbios autísticos do contato afetivo. Profala, [1943]. Disponível em: <http://www.profala.com/artautismo11.htm>. Acesso em: 2 abr. 2017.
LUCCI, M.A. A proposta de Vygotsky: a psicologia sócio-histórica. Revista de currículum y formación del professorado, v. 10, n. 02, 2006. Disponível em: <http://www.ugr.es/~recfpro/rev102COL2port.pdf>. Acesso em: 26 jun, 2017.
MATEOS-MORENO, D.; ATENCIA-DONA, L. Effect of a combined dance/movement and music therapy on young adults diagnosed with severe autism. The Arts in Psychotherapy, Spain, 40, p. 465–472, 2013.
MEIRELES, A.O. A contribuição da Musicoterapia no diagnóstico precoce do autismo infantil. Monografia. Universidade Federal de Goiás, Escola de Música e Artes Cênicas. Graduação em Musicoterapia. Goiânia, 2005.
MENDES, A.R.S. Influência das habilidades sociais no processo de ensino aprendizagem. Jussara: UEG, 2011. Disponível em: <http://www.cdn.ueg.br/source/jussara/conteudoN/1209/MONOGRAFIA_AUREA.pdf.> Acesso em: 01 jul, 2017.
RAMOS, J.; XAVIER, S.; MORINS, M. Perturbações do Espectro do Autismo no adulto e suas comorbidades psiquiátricas. Revista do Serviço de Psiquiatria do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, n. 2, v. 10, 2012
RESCHKE-HERNíNDEZ,A.E. History of music therapy treatment interventions for children with autism. Journal of Music Therapy, n. 48, v. 2, 2011.
REVISTA BRASILEIRA DE MUSICOTERAPIA, n.2. Definição de musicoterapia. Rio de Janeiro: UBAM, 1996.Disponível em: http: Acesso em: 30 mar, 2017.
SíO PAULO (Estado). Protocolo do Estado de São Paulo de diagnóstico, tratamento e encaminhamento de pacientes com o Transtorno de Espectro Autista (TEA). 1 Ed. São Paulo: SEDPcD, 2013. Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/profissional-da-saude/homepage//protocolo_tea_sp_2014.pdf.>. Acesso em: 18 jum. 2017.
SMITH, L.E.; GREENBERG, J.S.; MAILICK, M.R. Adults with Autism: Outcomes, Family Effects, and the Multi-Family Group Psychoeducation Model. Curr Psychiatry Rep, USA, v. 14, p.732-738, set. 2012.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Triagem precoce para Autismo/Transtorno do Espectro Autista. Departamento de Pediatria do Desenvolvimento da Sociedade Brasileira de Pediatria. Documento científico, n. 1, 2017.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. COLE, M. et al (Org); tradução José Cipolla Neto, Luís Silveira Menna Barreto, Solange Castro Afeche., 6. ed., São Paulo: Martins Fontes, 1998.
WING, L. Austism spectrum disorders. BMJ, v.12, fev., 1996. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2350247/>. Acesso em: 15 jun. 2017.