As ocupas e as ocupações secundaristas: feminismo, política e interseccionalidade

Autores

  • Isabella Silveira Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL)
  • Luís Antonio Groppo Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL)

DOI:

https://doi.org/10.33871/22386084.2019.8.14.24-48

Resumo

O artigo trata da atuação das estudantes de Ensino Médio que ocuparam suas escolas – as ocupas – em dois municípios do Sul de Minas Gerais, em 2016, contra decisões e propostas do governo federal que significavam retrocessos no campo da educação e dos direitos sociais. A pesquisa que deu origem a esse texto teve como objetivo compreender os sentidos da participação dessas estudantes nesta ação coletiva e os impactos que essa participação teve em suas formações política e pessoal. Foram feitas entrevistas semi-estruturadas com cinco meninas que ocuparam suas escolas no Sul de Minas Gerais, as quais desempenharam papéis de protagonismo no movimento, se destacando nos processos de formulação política, uma característica forte desta onda de lutas juvenis. Como resultados, constatou-se a posição central e na linha de frente das meninas nas ocupações, a vivência na prática de um feminismo classista e interseccional e a relevância da concepção de empoderamento coletivo para compreender a dinâmica das relações de gênero durante as ocupações e possíveis legados para novas lutas sociais. As ocupações colocaram para os sujeitos que a vivenciaram novas perspectivas de atuação social e política, que se efetuaram na prática das relações sociais que permearam as escolas ocupadas, em que gênero, raça e classe eram palavras ouvidas com bastante frequência.

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Publicado

2020-10-23

Edição

Seção

Artigos de fluxo contínuo