Envelhecimento, gênero e educação: desafios e reflexões em um programa de EJA
DOI:
https://doi.org/10.33871/22386084.2019.8.15.30-52Resumen
O processo de envelhecimento da população é uma realidade brasileira e mundial, e que possui um contundente componente de gênero, haja vista o fenômeno de feminização da velhice. Embora a população velha, especialmente as mulheres, esteja vivendo mais, seu crescimento não é acompanhado de políticas públicas que garantam os seus direitos. Dentre esses, a educação emerge como um desafio no que tange ao seu direcionamento a mulheres na fase da velhice. Assim, o objetivo geral do estudo consistiu em analisar os significados que as mulheres velhas – participantes de um Programa de EJA em Fortaleza (CE) – atribuem à educação, para compreender se essa experiência influencia em suas vidas, na perspectiva de gênero. Para tanto, lançou-se mão da pesquisa qualitativa, com auxílio das pesquisas de tipo bibliográfica, documental e de campo, além das seguintes técnicas para obtenção das informações: observação direta e entrevista não estruturada baseada no método História Oral Temática. Como campo da pesquisa, selecionou-se um Programa de EJA em uma Escola Municipal de Fortaleza, com a participação de cinco mulheres velhas alunas da EJA, cujas narrativas foram interpretadas à luz da Hermenêutica-Dialética. As percepções, sobre o retorno ou acesso pela primeira vez aos estudos, foram reunidas em três categorias empíricas: lazer/sociabilidade, cidadania/pertença, liberdade/autonomia. Dessa forma, os significados foram muito diversos, mas todos concorreram para a necessidade de ampliação de espaços educacionais para as mulheres, especialmente na velhice, onde possam reconhecer suas demandas singulares no decorrer de todas as fases de suas vidas.
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