Debatendo as permanências do modernismo musical nacionalista no século XX.
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https://doi.org/10.33871/23179937.2022.10.3.7008Palavras-chave:
Modernismo, Nacionalismo, História Institucional, Diplomacia Cultural, Quarteto de Cordas da UFRJResumo
Discute-se a permanência dos debates realizados sobre o modernismo brasileiro ao longo do século XX a partir de uma análise dos discursos de engajamento estético e político propostos por Mário de Andrade, das ações institucionais oficiais que privilegiaram as produções dessa corrente estética em suas políticas culturais, educacionais e diplomáticas, bem como das ações de intérpretes e compositores na defesa do nacionalismo musical. Conclui que, para entender tal permanência, é necessário refletir sobre o papel que as instituições historicamente desempenharam, e que a análise da ação de outros agentes, como intérpretes, pode revelar aspectos ainda não explorados no estudo do modernismo.
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