Direcionamentos na escuta e suas influências no processo criativo - O caso do grupo Obra Aberta

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Autores

  • Lucas Zewe Uriarte Universidade Estadual de Campinas
  • José Augusto Mannis Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.33871/23179937.2017.5.1.1856

Resumo

Neste artigo relataremos momentos da produção criativa do grupo Obra Aberta, sediado em Campinas - SP e dedicado a música experimental e improvisação, nos quais os performers direcionam sua escuta a partir de propostas consolidadas nesse domí­nio. O objetivo deste artigo é esclarecer de que forma a escuta, fazendo parte do ciclo do processo criativo, influenciou as maneiras de tocar e de criar desse grupo. Tais direcionamentos na escuta estão baseados nas propostas da escuta reduzida de Pierre Schaeffer, do deep listening de Pauline Oliveros e da ideia de movimento virtual do som de José Augusto Mannis, estudadas e trabalhadas através de exercí­cios práticos de improvisação e de escuta, além de peças abertas e jogos musicais. Os resultados são discutidos com base em conceitos e no modelo de processo criativo de José Augusto Mannis, cuja ideia principal é a de um processo que se dá através da contí­nua interação entre as instâncias de percepção, análise e sí­ntese.

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Biografia do Autor

Lucas Zewe Uriarte, Universidade Estadual de Campinas

Compositor, performer e professor, bacharel em composição musical, mestre e doutorando em música pela UNICAMP, onde desenvolve pesquisa na área de processos criativos sob orientação de José Augusto Mannis. Foi aluno do Conservatório Nacional de Música e Dança de Paris em 2014, onde estudou com Claude Ledoux (análise musical), Alexandros Markeas e Vincent le Quang (improvisação generativa). Sua produção musical compreende composições para grupos de câmara e instrumentos solistas, jogos musicais, peças abertas, trilha sonora para teatro e cinema, e canções autorais. Produziu-se como intérprete e compositor em diversas cidades do Brasil e exterior, em espaços como o Centro Cultural São Paulo, o Memorial da América Latina, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a Cité Internationale Universitaire em Paris - França, a Universidade de Évora – Portugal, e o Auditório Juan Victoria em San Juan - Argentina.

José Augusto Mannis, Universidade Estadual de Campinas

Compositor, performer, sound designer, professor universitário, pesquisador. Suas composições abrangem os mais variados gêneros: música instrumental, eletroacústica, trilhas para ví­deo, cinema, teatro, criações radiofônicas e instalações multimeios. Estudou no Conservatoire National Supérieur de Musique et de Danse de Paris (França), mestrado pela Universidade de Paris VIII (1987), Doutorado pela Unicamp (2008), Pos-Doutorado em curso pela Universidade Federal Fluminense - UFF (2017). É atualmente docente no Depto de Música do Instituto de Artes da Unicamp. Idealizou e implantou no Brasil o Centro de Documentação de Música Contemporânea (Unicamp). Foi diretor artí­stico e produtor de vários discos, no Brasil e no exterior. Atuou musicalmente junto a Ensemble de L'Itinéraire, Ensemble 2E2M, Ensemble InterContemporain, Atelier Théatre Musique - ATEM, entre outros, apresentando-se em diversos paí­ses da Europa e América.

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Publicado

30.06.2017

Como Citar

Uriarte, L. Z., & Mannis, J. A. (2017). Direcionamentos na escuta e suas influências no processo criativo - O caso do grupo Obra Aberta. Revista Vórtex, 5(1), 1–23. https://doi.org/10.33871/23179937.2017.5.1.1856

Edição

Seção

Artigos

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