Em busca da sonoridade no contexto da Música Popular

Visualizações: 329

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.33871/23179937.2022.10.2.6761

Palabras clave:

Análise musical, sonoridades, música popular, música de montagem, composição

Resumen

Se o álbum “Sgt. Pepper’s Lonely Heart Club” (1967) representou um marco na história da música popular, foi também por ter ajudado a definir uma nova estética musical no âmbito da música midiatizada: a estética da sonoridade. Segundo Molina (2014), durante a produção do álbum foram propostas manobras de criação em estúdio, a partir da sobreposição de camadas sonoras, o que o autor nomeou como Música de Montagem. A contribuição deste artigo é dialogar com o conceito de Música de Montagem ao apresentar ferramentas que contribuem tanto para o processo de análise quanto de composição, tendo a sonoridade como objeto. Tais ferramentas são fruto de uma síntese dos recursos apresentados por Molina (2014) e por Guigue (2011). No final do artigo, propomos uma discussão acerca dos possíveis desdobramentos do uso dessas ferramentas para análise em outros contextos musicais, evidenciando o impacto dessa estética na música popular.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Luisa De Athayde Meirelles Meirelles, Universidade Estadual de Campinas

Luisa Meirelles é cantora, compositora e pesquisadora da área de Música. Mestre em música pela UNICAMP e doutoranda em música pela mesma instituição. Sua linha de pesquisa envolve criação musical, educação musical, canto popular e música popular. Em 2022, através de financiamento da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, por meio do PROAC, lançou o álbum “Água Clara” que conta com composições próprias e em parceria com a cantora e compositora Luciana Viana.

Jônatas Manzolli, Universidade Estadual de Campinas

Jônatas Manzolli É graduado em Matemática Aplicada Computacional (1983) e em Composição e Regência (1987) e é mestre em Matemática Aplicada (1988) ambos pela Uncamp. Desenvolveu seu doutorado (PhD) na University of Nottingham (1993) sobre Composição Musical. Atualmente é Professor Titular do Instituto de Artes da Unicamp e Coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Comunicação Sonora (NICS). Compositor e matemático, pesquisa a interação entre Arte e Tecnologia em criação musical, computação musical e ciências cognitivas. Atua no programa de pós-graduação em Música com ênfase em Processos Criativos e Fundamentos Teóricos em Música e Tecnologia.

Regina Machado, Universidade Estadual de Campinas

Regina Machado é cantora, violonista, compositora e pesquisadora. Possui 4 cds lançados (“Sobre a Paixão”, “Pulsar”, “agora o céu vai ficando claro” e “Multiplicar-se única- canções de Tom Zé”). É professora da graduação em Música Popular e da pós-graduação em Música da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Autora do livro A voz na canção popular brasileira-um estudo sobre a vanguarda paulista pelo Ateliê Editorial.

Citas

ANGER, Violaine (org.). La sens de la musique. Paris: Rue d’Uilm, 2005.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Editora brasiliense, 1994.

EIGENFELDT, Arne. Exploring moment-form in generative music. Conference: Sound and Music Computing, Hamburg, 2016.

FERRAZ, Silvio. Livro das sonoridades: notas dispersas sobre composição. Rio de Janeiro: 7 letras, 2013

GUIGUE, Didier. Estética da sonoridade. São Paulo: Perspectiva, 2011.

KRAMER, Jonathan D. Moment Form in Twentieth Century Music. The Musical Quarterly Vol. 64, No. 2 , pp. 177-194 (18 pages). Published By: Oxford University Press, 1978.

JAROCINSKY, Stephan. Debussy, impressionisme et symbolisme. Paris: Seuil, 1970.

MACHÊ, François-Bernard. Connaissance des structures sonores. La Revue Musicale, n. 244, 1959.

MOLINA, Sergio. A composição de música popular cantada: A construção de sonoridades e a montagem dos álbuns no pós-década de 1960. 2014.Tese (doutorado em música). USP, São Paulo, 2014.

SOLOMOS, Makis. From Music to Sound: The Emergency of Sound in 20th- and 21th- Century Music. Routledge, 2019.

PETERSON, R.A. ‘Prof. compares disco to jazz and rock eras’. Billboard, 22 de julho, p. 61. 1978.

ROSA, Gilberto; MANZOLLI, Jônatas. A DAW e o loop criativo: entre o determinismo tecnológico e a tábula rasa. In: XXXI Congresso da ANPPOM, João Pessoa, 2021.

TATIT, Luiz. A canção: eficácia e encanto. São Paulo: Atual, 1986.

___________. Semiótica da canção: melodia e letra. São Paulo: Escuta, 1994.

REFERÊNCIAS FONOGRÁFICAS

BJÖRK. Crystalline. Universal International, 2011.

CAYMMI, Dorival (Compositor e intérprete). É doce morrer no mar. Odeon Records, 1954.

DA VIOLA, Paulinho (Compositor e intérprete). Sinal Fechado. Odeon Records, 1970.

LENNON, John; MCCARTENY, Paul (Compositores e intérpretes). Strawberry fields forever. Parlophone, 1967.

LENNON, John; MCCARTNEY, Paul (Compositores e intérpretes).Blackbird. Apple Records, 1968.

NASCIMENTO, Milton; BASTOS, Ronaldo. Fé cega, faca amolada. EMI, 1975.

NASCIMENTO, Milton; BORGES, Lô (Compositores). Clube da esquina. Rio de Janeiro: EMI-Odeon, 1972.

NASCIMENTO, Milton. Milagre dos Peixes. Rio de Janeiro: EMI-Odeon, 1973.

THE BEATLES. Sgt. Pepper’s Lonely Heart Club Band. Parlophone, 1967.

THE BETALES. Revolver. Capitol Records, 1966.

VELOSO, Caetano; COSTA, Gal; GIL, Gilberto; LEÃO, Nara; OS MUTANTES; TOM ZÉ (Compositores e intérpretes). Panis et Circenses. Philips Records, 1968.

Publicado

2022-09-29

Cómo citar

Meirelles, L. D. A. M., Manzolli, J. ., & Machado, R. (2022). Em busca da sonoridade no contexto da Música Popular. Revista Vórtex, 10(2), 1–28. https://doi.org/10.33871/23179937.2022.10.2.6761

Número

Sección

Dossiê “55 anos de Sgt. Pepper´s Lonely Hearts Club Band”

Métrica