Técnicas Estendidas e Transcriação no Estudo No 1 para violão de R. Coelho de Souza

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Autores/as

  • Rodolfo Coelho de Souza Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.33871/23179937.2020.8.3.1.39

Palabras clave:

técnicas estendidas, transcriação, intersemiose, obra aberta, concerto-confronto, música de vanguarda

Resumen

Este artigo procura demonstrar algumas conexões da poética do Estudo No1 para violão e narrador (1977) com o movimento da vanguarda paulista. A influência da poesia concreta se evidencia na transformação de um texto de Guimarães Rosa em diagrama fonético sem semântica clara. Outro aspecto abordado é o papel de H. J. Koellreutter na propagação de ideias experimentais, além do serialismo, especialmente as técnicas estendidas instrumentais. A utilização de processos de "transcriação intersemiótica" entre um texto verbal abstrato e o discurso musical remete a propostas de Haroldo de Campos e Júlio Plaza. Uma das inovações da peça é o mapeamento entre inflexões da leitura dramática, na tradição do melodrama, com inflexões do discurso musical vanguardista. Finalmente, o uso de referências distorcidas de materiais folclóricos brasileiros fez uma aproximação conceitual com a literatura de G. Rosa, abrindo portas para que obras experimentais do grupo paulista utilizassem esse tipo de material.

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Biografía del autor/a

Rodolfo Coelho de Souza, Universidade de São Paulo

Professor Titular do Departamento de Música da Universidade de São Paulo, no campus de Ribeirão Preto e orientador de doutorado na Música da Escola de Comunicações e Artes da USP. Doutor em Composição Musical pela University of Texas at Austin (2000). É coordenador do Lateam - Laboratório de Teoria e Análise Musical do DM-FFCLRP-USP e presidente da TeMA - Associação Brasileira de Teoria e Análise Musical, tendo sido o primeiro editor de seu periódico Musica Theorica. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7500-0182

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Publicado

2020-12-15

Cómo citar

de Souza, R. C. (2020). Técnicas Estendidas e Transcriação no Estudo No 1 para violão de R. Coelho de Souza. Revista Vórtex, 8(3), 1.39. https://doi.org/10.33871/23179937.2020.8.3.1.39

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