O processo interativo: reflexões sobre o gesto instrumental, participação e criação.

Visualizações: 73

Authors

  • Clayton Rosa Mamedes Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.33871/23179937.2016.4.2.1318

Abstract

Apresentamos neste artigo uma discussão sobre as principais abordagens à interatividade em artes, com foco em música e arte sonora. Este estudo contempla a análise do processo interativo a partir das abordagens sobre o gesto instrumental e os processos envolvidos na interação entre um intérprete e seu instrumento; sobre a participação do público e a modificação da obra como parte de sua apreciação estética ativa; e sobre o processo criativo da obra e o conjunto de relações que estruturam o desenvolvimento da obra no tempo, mantendo a unidade do projeto artí­stico. Procuramos aqui contemplar uma amostra dentre a variedade de perspectivas que envolvem o estudo sobre interação em artes e as principais delimitações propostas sobre o que caracterizaria uma obra como interativa. Propomos ao final uma aplicação consciente da interação em diferentes contextos, privilegiando uma abordagem ampla, focada no ponto de vista do espectador.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Clayton Rosa Mamedes, Universidade Federal do Paraná

Clayton Rosa Mamedes é pós-doutorando pela Universidade Federal do Paraná " UFPR e bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ní­vel Superior - CAPES. Doutor em música na área de processos criativos pela UNICAMP, foi bolsista da Fundação de Amparo í  Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Possui ensino fundamental em piano e teclado pelo Conservatório Estadual de Música Juscelino Kubitscheck de Oliveira, bacharelado em música com habilitação em composição pela Universidade Estadual de Campinas e é mestre em música na área de processos criativos também pela UNICAMP. Foi pesquisador visitante da McGill University, desenvolvendo modelo para reconhecimento de gestos de visitantes para controle de processos interativos em instalações multimí­dia. Trabalha nas áreas de instalações multimí­dia, arte interativa, performance, música eletroacústica, música espectral. Suas obras têm sido apresentadas no Brasil e Europa.

References

BISHOP, Claire. Artificial Hells: Participatory Art and the Politics of Spectatorship. Londres: Verso, 2012.

CADOZ, Claude. Le geste canal de communication homme/machine: la communication "instrumentale". Technique et Science Informatiques, vol. 13, no. 1, 31-61, 1994.

CADOZ, Claude;. WANDERLEY, Marcelo. M. Gesture – Music. In: WANDERLEY, Marcelo M., BATTIER, Marc. (Orgs.). Trends in Gestural Control of Music. Paris: Ircam - Centre Pompidou, 2000. 71-94.

CHADABE, Joel. Interactive Composing: An Overview. Computer Music Journal, vol. 8, no. 1, 22-27, Spring 1984. DOI: https://doi.org/10.2307/3679894

_____________. The history of electronic music as a reflection of structural paradigms. Leonardo Music Journal, no. 6, 41-44, 1996. DOI: https://doi.org/10.2307/1513303

DI SCIPIO, Agostino. "˜Sound is the interface"™: from interactive to ecosystemic signal processing. Organised Sound, vol. 8, no. 3, 269–277, 2003. DOI: https://doi.org/10.1017/S1355771803000244

DINKLA, Söke. The History of the Interface in Interactive Art. In: INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON ELECTRONIC ART – ISEA, 1994, Helsinki, Finlândia. Proceedings of the 1994 International Symposium on Electronic Art - ISEA. Disponí­vel em:

<http://www.kenfeingold.com/dinkla_history.html>. Acessado em 25, abr., 2016.

DORIS, David. Zen Vaudeville: A Medi(T)Ation In The Margins Of Fluxus. In: FRIEDMAN, Ken (Org.). The Fluxus Reader. Chichester: Academy Editions, 1998. 91-135.

DUBBERLY, H., HAQUE, U, PANGARO, P.. What is interaction?: are there different types? interactions, vol. 16, no. 1, 69-75, 2009. DOI: https://doi.org/10.1145/1456202.1456220

ECO, Umberto. The poetics of the open work. In: BISHOP, Claire (Org.). Participation. Documents of Contemporary Arts Series. Londres: Whitechapel Gallery, MIT Press, 2006. 20-40.

FRANINOVIC, Karmen, SALTER, Chris. The experience of sonic interaction. In: FRANINOVIC, Karmen, SERAFIN, Stefania. (Orgs.) Sonic Interaction Design. Boston: MIT Press, 2013. 39-76.

FRANINOVIC, Karmen, SERAFIN, Stefania. (Orgs.) Sonic Interaction Design. Boston: MIT Press, 2013. DOI: https://doi.org/10.7551/mitpress/8555.001.0001

FRIEDMAN, Ken. (Org.). The Fluxus Reader. Chichester: Academy Editions, 1998.

GARNETT, Guy. The Aesthetics of Interactive Computer Music. Computer Music Journal, vol. 25, no. 1, 21–33, Spring 2001. DOI: https://doi.org/10.1162/014892601300126089

IAZZETTA, Fernando. H. O.. Sons de Silí­cio. Corpos e Máquinas Fazendo Música. Tese (Doutorado). Comunicação e Semiótica, PUC-SP, São Paulo, 1996.

____________. Meaning in musical gesture. In: WANDERLEY, Marcelo. BATTIER, Marc. (Orgs.). Trends in Gestural Control of Music. Paris: Ircam - Centre Pompidou, 2000. 259-268.

JORDÀ, Sergi. Interactivity and live computer music. In: COLLINS, Nick; D'ESCRIVAÌN, Julio. (Orgs.) The Cambridge Companion to Electronic Music. Cambridge University Press, 2007. 89-106. DOI: https://doi.org/10.1017/CCOL9780521868617.007

KAPROW, Allan. Participation Performance. In: KELLEY, Jeff (Org.). Essays on the Blurring of Art and Life. University of California Press, 2003. 181-194. DOI: https://doi.org/10.1525/9780520930841-022

KWASTEK, Katja. Aesthetics of Interaction in Digital Art. MIT Press, 2013. DOI: https://doi.org/10.7551/mitpress/9592.001.0001

KURTENBACH, Gord, HULTEEN, Eric. A.. Gestures in Human-Computer Communication. In: LAUREL, Brenda. (Org.). The Art of Human-Computer Interface Design. Addison Wesley, 1990. 309-317.

LEYDESDORFF, Loet. The Evolution of Communication Systems. Systems Research and Information Science, no. 6, 219-230, 1994. Disponí­vel em: http://ssrn.com/abstract=2236680. Acessado em 25, abr., 2016.

MASSUMI, Brian. Semblance and Event: Activist Philosophy and the Occurrent Arts. MIT Press, 2011. DOI: https://doi.org/10.7551/mitpress/7681.001.0001

MENEZES, Flo. For a morphology of interaction. OrganisedSound, vol. 7, no. 3, 305–311, 2002. DOI: https://doi.org/10.1017/S1355771802003102

OITICICA, Hélio. museu é o mundo. OITICICA FILHO, César (Org.). Rio de Janeiro: Ed. Beco do Azougue, 2011.

PLAZA Júlio. Arte e interatividade: autor-obra-recepção. In: PLAZA, Júlio. Brasssilpaisssdooofuturoborosss, 1990. Disponí­vel em:

<http://www.cap.eca.usp.br/ars2/arteeinteratividade.pdf>. Acessado em 26, abr., 2016.

SALTER, Chris. Entangled: technology and the transformation of performance. MIT Press, 2010. DOI: https://doi.org/10.7551/mitpress/9780262195881.001.0001

SAPER, Craig. Fluxus as Laboratory. In: FRIEDMAN, Ken (Org.). The Fluxus Reader. Chichester: Academy Editions, 1998. 136-162.

STERN, Nathaniel. Interactive Art and Embodiment: The Implicity Body as Performance. Cantebury: Gylphi Ltd., 2013.

STROPPA, Marco. Live electronics or"¦live music? Towards a critique of interaction. Contemporary Music Review, vol. 18, no. 3, 41-77, 1999. DOI: https://doi.org/10.1080/07494469900640341

THOMASI, Ricardo de Oliveira. Compondo interatividades: questões sobre poéticas e orquestração eletroacústica. Dissertação (Mestrado). Departamento de Artes, UFPR, Curitiba, 2016.

Published

2016-10-31

How to Cite

Mamedes, C. R. (2016). O processo interativo: reflexões sobre o gesto instrumental, participação e criação. Vortex Music Journal, 4(2), 1–27. https://doi.org/10.33871/23179937.2016.4.2.1318

Issue

Section

Research Papers