Duas transcrições inéditas de Sérgio Abreu: procedimentos, contextos e critérios das edições diplomáticas

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DOI:

https://doi.org/10.33871/23179937.2023.11.2.8359

Palavras-chave:

Transcrições para violão, Arranjos para violão, Edições para violão, Sérgio Abreu, Eduardo Abreu

Resumo

O objetivo do artigo é apontar não somente o quão a produção de Sérgio Abreu como arranjador/transcritor pode revelar contribuições decisivas para o alargamento do repertório do violão, a partir do levantamento, catalogação, organização e edição do material adaptado (conhecido e desconhecido) encontrado em seu espólio, mas também esboçar o entendimento de alguns dos eventuais procedimentos e processos que orientaram o pensamento de Sérgio na confecção de tais trabalhos (o conceito de montagem e a agregação de compreensão e valor artístico às obras adaptadas, por exemplo). Para tanto, , realizamos uma breve discussão sobre a terminologia “transcrição/arranjo”, discutimos as perspectivas históricas e as funções socioculturais das transcrições e arranjos para violão (com foco no caso de Sérgio Abreu), até elencarmos os critérios estabelecidos para as edições diplomáticas de dois arranjos inéditos recentemente descobertos, que passaram por revisão geral de Eduardo Abreu: Pachelbel e Gluck.

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Biografia do Autor

Humberto Amorim, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Humberto Amorim é violonista, professor e pesquisador, leciona violão na Universidade Federal do Rio de Janeiro desde 2007. Doutor em Musicologia pela UNIRIO, mestre em violão pela Universidade de Alicante (Espanha), com uma formação acadêmica que compreende sete diplomas (1 doutorado, 2 mestrados e 4 graduações). Publicou dezenas de artigos em revistas científicas e é autor de dois livros publicados pela Academia Brasileira de Música. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2622-8698. E-mail: humbertoamorim@musica.ufrj.br

Ricardo Dias, IREE – Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa

Tem formação de violonista clássico, tendo estudado ao lado de Sergio de Pinna, Leo Soares, Henrique Pinto e Jodacil Damaceno. Foi aluno do atelier Mario Jorge Passos e desde 1985 se dedica à luteria. Como luthier, desenvolveu estudos em ergonomia, e tem instrumentos em diversas partes do mundo. Criou e ministrou um curso de luteria na Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro (UGF – RJ) e realizou palestras na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), e em eventos, como o MIMO e Vital Medeiros. Foi jurado em concursos de música, como Associação de Violão do Rio de Janeiro (AV-Rio) e Villa Lobos, em Vitória, no Espírito Santo. Organizou o 1º festival de Violão de Serra Negra, em São Paulo e foi co-moderador do Fórum de Violão Erudito, que reuniu mais de 5000 membros, sendo o maior do mundo em conteúdo exclusivo. Escreveu diversos artigos em publicações especializadas, é autor do livro “Sergio Abreu, Uma Biografia”, e tem, no prelo, um guia sobre conservação de instrumentos.Participou das gravações de diversos CDs e mais recentemente, foi produtor musical de “Vento Brando”, de João Camarero.

Paulo Martelli, Movimento Violão

Concertista de carreira internacional e com diversos prêmios em concursos, Paulo Martelli é doutor em música pela UNESP, com mestrados e formações na Manhattan School of Music, na Julliard School (Nova York) e pós-doc na UFRN. Seus trabalhos incluem publicações de livros, CD’s e apresentações em alguns dos palcos mais importantes do mundo (incluindo o Carneggie Hall). É o idealizador e diretor da série Movimento Violão.

Referências

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Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/orfeu/article/view/22861

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Publicado

12.10.2023

Como Citar

Amorim, H., Dias, R. ., & Martelli, P. (2023). Duas transcrições inéditas de Sérgio Abreu: procedimentos, contextos e critérios das edições diplomáticas. Revista Vórtex, 11(2), 1–46. https://doi.org/10.33871/23179937.2023.11.2.8359

Edição

Seção

Dossiê “Homenagem a Sérgio Abreu: violão, contextos, práticas e personagens”

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