ABRINDO A CAIXA DE PANDORA: AS COMPETÊNCIAS DA MATEMÁTICA NA BNCC

Authors

  • Fabrício Monte Freitas Universidade Federal do Rio Grande/FURG
  • Cristina Cavalli Bertolucci Universidade Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS
  • Crislaine de Anunciação Roveda Universidade Federal do Rio Grande/FURG
  • João Alberto da Silva Universidade Federal do Rio Grande/FURG

DOI:

https://doi.org/10.33871/22385800.2019.8.17.265-291

Abstract

Este ensaio discute as oito competências apontadas na BNCC para a área de Matemática no Ensino Fundamental. Elas abarcam as capacidades que um estudante deve adquirir ao final desta etapa da escolarização formal. Nossa análise é didático-pedagógica sob um viés epistemológico, por mais
latente e importante que seja a discussão político-pedagógica do documento. Evidencia-se que as competências se articulam nas ideias de resolver problemas, produzir argumentos e comunicar resultados, o que demonstra estarem alinhadas com as tendências contemporâneas do ensino da Matemática. Há destaque para o pensamento lógico, as habilidades socioemocionais e o espírito investigativo, com negação de orientações tradicionais que incentivavam processos de memorização e
repetição para ensinar Matemática. Trata-se de um documento robusto, com forte coesão interna e
alicerçado em princípios que valorizam o pensamento, a criatividade, o afeto e a construção de significado. Também é uma orientação que fala muito por aquilo que ali não consta. As dificuldades singulares do processo de ensino, sejam materiais ou humanas, são relegadas para segundo plano por esta política curricular. Por fim, destaca-se que a proposição de competências a serem adquiridas pelo estudante e de um rol de habilidades a serem desenvolvidas pelo professor produz um discurso de responsabilização e meritocracia.

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Published

2020-12-10

How to Cite

Freitas, F. M., Bertolucci, C. C., Roveda, C. de A., & Silva, J. A. da. (2020). ABRINDO A CAIXA DE PANDORA: AS COMPETÊNCIAS DA MATEMÁTICA NA BNCC. Revista Paranaense De Educação Matemática, 8(17), 265–291. https://doi.org/10.33871/22385800.2019.8.17.265-291