Taxonomia de Contribuições de Autoria (CRediT)

A Taxonomia CRediT (Contributor Roles Taxonomy) constitui um vocabulário controlado normatizado, composto por um conjunto finito de 14 papéis, desenhado para conferir granularidade e transparência à descrição das contribuições de colaboradores em publicações científicas. A sua implementação visa superar as limitações das declarações binárias de autoria, fornecendo uma estrutura classificatória robusta que mapeia as atividades inerentes ao ciclo da pesquisa, desde a "Conceptualization" e "Methodology" até a "Formal Analysis" e as etapas de "Writing – Original Draft" e "Writing – Review & Editing". Esta padronização facilita a interoperabilidade de dados e o processamento de metadados legíveis por máquina, essenciais para sistemas de informação científica e gestão de repositórios.

A adoção da Taxonomia CRediT pela revista representa um compromisso institucional com as melhores práticas de integridade científica e ética editorial. Ao exigir que os autores categorizem suas participações de acordo com os papéis CRediT, promove-se a atribuição justa e precisa do crédito intelectual. Tal procedimento mitiga o risco de autoria fantasma, autoria honorária e disputas de autoria, elementos críticos na manutenção da confiança no sistema de publicação. Além disso, a explicitação das contribuições individuais mediante a taxonomia CRediT não apenas apoia os mecanismos de reconhecimento (como bolsas de fomento e avaliações de carreira), mas também fornece aos leitores uma clareza inequívoca sobre as responsabilidades e expertise de cada pesquisador no artigo publicado, reforçando a validade e a rastreabilidade dos resultados apresentados.

Definição dos Papéis dos Contribuidores

  1. Conceituação– Formulação ou evolução de metas e objetivos abrangentes da pesquisa.
  2. Curadoria de Dados– Gestão de atividades para anotar (produzir metadados), limpar e manter dados de pesquisa (incluindo código de software, quando necessário para interpretação dos dados) para uso inicial e reutilização.
  3. Análise Formal– Aplicação de técnicas estatísticas, matemáticas, computacionais ou outras formas de análise para examinar ou sintetizar dados do estudo.
  4. Aquisição de Financiamento– Obtenção de apoio financeiro para o projeto que resultou nesta publicação.
  5. Investigação– Condução do processo de pesquisa, especificamente realização de experimentos ou coleta de dados/evidências.
  6. Metodologia– Desenvolvimento ou design de metodologias; criação de modelos.
  7. Administração do Projeto– Responsabilidade pela gestão e coordenação do planejamento e execução das atividades de pesquisa.
  8. Recursos– Fornecimento de materiais de estudo, reagentes, pacientes, amostras laboratoriais, animais, instrumentação, recursos computacionais ou outras ferramentas de análise.
  9. Software– Programação, desenvolvimento de software; criação de programas computacionais; implementação de código e algoritmos de suporte; testes de componentes de código existentes.
  10. Supervisão– Responsabilidade pela orientação e liderança do planejamento e execução da atividade de pesquisa, incluindo mentoria externa à equipe principal.
  11. Validação– Verificação, como parte da atividade ou separadamente, da replicabilidade/reprodutibilidade de resultados/experimentos e outros produtos da pesquisa.
  12. Visualização– Preparação, criação e/ou apresentação do trabalho publicado, especificamente apresentação visual de dados.
  13. Redação – Rascunho Original– Preparação, criação e/ou apresentação do trabalho publicado, especificamente escrita da versão inicial (incluindo tradução substantiva).
  14. Redação – Revisão e Edição– Preparação, criação e/ou apresentação do trabalho publicado por membros do grupo de pesquisa original, especificamente revisão crítica, comentários ou alterações – incluindo etapas pré ou pós-publicação.

No final do artigo, os autores devem especificar a contribuição individual de cada coautor, utilizando a seção "Contribuições dos Autores".