Uma análise dialógica do signo ideológico na poesia “Como Somos”, de Arnaldo Antunes

Autores

  • Marcos Roberto dos Santos Amaral UECE
  • João Batista Costa Gonçalves UECE

DOI:

https://doi.org/10.33871/22386084.2020.9.18.111-128

Palavras-chave:

Análise Dialógica do Discurso. Signo ideológico. Análise Linguística. Poesia. Arnaldo Antunes.

Resumo

Pesquisas no campo da linguística, nas variadas posturas ontológico-epistemológicas, como Linguística Textual, Linguística Aplicada, Pragmática, Análise do Discurso, etc., põem em perspectiva a reflexão sobre percursos teórico-metodológicos pelos quais ela se envereda. Assim, endossam-se questões sobre quais objetos, procedimentos e objetivos na análise linguística, especialmente, quando se questiona o problema dos limites do signo: estrutura abstrata, cujo estudo basta a despeito do uso ou fenômeno histórico que transborda os imperativos de um sistema autônomo. Neste artigo, discutiremos de que maneira a Análise Dialógica do Discurso concebe o signo ideológico, prescindindo de uma delimitação rigorosa entre signo e situamento social. Analisaremos de que forma um discurso contemporâneo, a exemplo da poesia “Como Somos”, de Arnaldo Antunes, organiza-se (des)construindo signos linguísticos situados em interações verbais e sociais concretas. Discutiremos uma perspectiva na linguística atual que redimensiona epistemologicamente o tratamento do signo linguístico, para tangenciar complexas relações semióticas características das práticas discursivas concretas. Enfim, destacaremos que especificidades das práticas discursivas atualmente se fundam em novas maneiras de organizar semioses linguísticas fônicas, lexicais, sintáticas, gráficas, espaciotemporais, ao se apropriar de outras semioses visuais, digitais, vocais, tornando imprescindível considerar aspectos axiológicos históricos na análise linguística.

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Publicado

2020-10-22

Edição

Seção

Artigos de fluxo contínuo