(In)visibilidade, gênero e Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) na saúde: caminhos para uma pedagogia radical
DOI:
https://doi.org/10.33871/22386084.2020.9.17.379-399Resumo
Este estudo objetiva refletir sobre as primeiras contribuições às quais a pedagogia radical de Henry Giroux pode trazer para formular um caminho que leve ao pensamento crítico na área do ensino na saúde. Trata-se de um ensaio que, conforme preconizado por Starobinski, aproxima a categoria gênero identificado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação de saúde em contraste com a pedagogia radical de Henry Giroux. Realizou-se uma busca do termo “gênero” nestas Diretrizes com o intuito de identificar a visibilidade do termo, como também a matriz teórica em que parece se assentar. Nas 15 profissões da área da saúde, identificou-se o termo em apenas três, ainda assim, destas três, em duas graduações o termo permanece na interpretação hegemonizada pela Saúde Coletiva, baseada na perspectiva funcionalista ou, quando muito, eminentemente fenomenológica. Assim, teceram-se alguns caminhos para refletir sobre esta (in)visibilidade e tentou-se justificar a necessidade de uma pedagogia radical que opere o pensamento crítico sobre gênero nestas graduações visando desvelar as opções políticas deste discurso científico.