Práticas epilinguísticas axiológicas na reescrita: caracterização teórico-metodológica

Autores

  • Adriana Delmira Mendes Polato Universidade Estadual do Paraná (Unespar/Campus de Campo Mourão)
  • Adriana Beloti Universidade Estadual do Paraná (Unespar/Campus de Campo Mourão)
  • Renilson José Menegassi Universidade Estadual de Maringá (UEM)

DOI:

https://doi.org/10.33871/22386084.2020.9.16.194-220

Resumo

O trabalho prospecta a caracterização teórico-metodológica do que propomos como práticas epilinguísticas axiológicas, o que se apresenta como expansão das propostas de práticas epilinguísticas feitas por Franchi e Geraldi. Conclama-se, por esta razão, a mobilização dos conceitos axiológicos da entoação, do juízo de valor e do extraverbal da enunciação nos processos de revisão e reeescrita. No plano metodológico, analisa-se o processo que envolve o diálogo entre um dos pesquisadores e uma aluna do 4º ano do Ensino Fundamental I, depois de seu texto ter passado por revisão e reescrita voltada a critérios de ordem cognitiva e não dialógica. Os resultados preliminares demonstram que: a) as práticas epilinguísticas axiológicas, em forma de blocos de questionamentos dialógicos, modificam o caráter da revisão e da reescrita, por convocar a manifestação da consciência sociodeológica do sujeito autor de textos a respeito das condutas socioideológicas representadas no texto; b) permite emergir a vida social e o discurso próprio no enunciado, o que a se concretiza no estilo verbal de linguagem empregado, que se torna mais livre, fluído e expressivo, com escolhas vocabulares e sintáticas valoradas e direcionadas ao todo do acabamento valorativo do enunciado como atuação discursiva, no que se espera com o trabalho balizado pelo dialogismo.

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Publicado

2020-05-11

Edição

Seção

Dossiê Dialogismo, Discurso e Ensino