Enunciado metamorfoseado: contribuições de Bakhtin e Volochínov para estudo do cartaz de Rosie

Autores

  • Lícia Bahia Heine Universidade Federal da Bahia (UFBa)
  • Myrian Conceição Crusoé Rocha Sales Universidade Federal da Bahia (UFBa)

DOI:

https://doi.org/10.33871/22386084.2020.9.16.265-281

Resumo

Este trabalho tem por objetivo esclarecer como um enunciado se metamorfoseia em outro, tornando-o único, provocando sentidos diferentes, conforme a situação, o contexto e seus interlocutores. Isso ocorre porque acreditamos que um enunciado se transforma sempre em outro, transcendendo a referência inicial pretendida pelo seu autor. O cartaz de Rosie, criado no período da Segunda Guerra Mundial nos Estados Unidos, possibilitou construção de outros enunciados em épocas, lugares e contextos distintos, assumindo, pois, a interação e a responsividade dos sujeitos sociais. Desse modo, o estudo dos enunciados perpassa por índices substanciais que precisam de uma atenção maior para sua análise como: a situação, o contexto e o interlocutor. Por isso, adotaremos a metodologia para análise do enunciado baseada nos três fatores de compreensão do enunciado citado por Volochínov: (a) o horizonte espacial comum dos interlocutores, (b) o conhecimento e a compreensão comum da situação por parte dos interlocutores, e (c) sua avaliação comum dessa situação. Assim, este artigo analisará o enunciado cartaz de Rosie, publicado na década de 1940 e sua metamorfose nas campanhas feministas na década de 1970. Essa análise teve como fundamentação teórica os estudos de Bakhtin e Volochínov, bem como as reflexões teóricas de Brait e Heine.

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Publicado

2020-05-11

Edição

Seção

Dossiê Dialogismo, Discurso e Ensino