A matemática das histórias infantis: um olhar para produção das professoras dos anos iniciais

Autores

  • Everaldo Gomes Leandro Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
  • Lívia de Oliveira Vasconcelos Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
  • Flávia Cristina Figueiredo Coura Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ)
  • Talita Fernanda de Souza Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
  • Mauro Carlos Romanatto Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP)
  • Cármen Lúcia Brancaglion Passos Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
  • Maria Tereza Fernandino Evangelista Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
  • Francielle de Mattos Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

DOI:

https://doi.org/10.33871/22386084.2018.7.13.69-89

Resumo

O objetivo deste artigo é discutir possíveis conexões entre histórias infantis e matemática a partir das produções das professoras no contexto da formação continuada propiciado pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). A proposta do estudo foi identificar nas estruturas das obras se prevalecia a intenção de conectar a história com a matemática, se a matemática foi apresentada apenas como adereço ou se a própria história foi elaborada como pretexto para explorar conteúdos matemáticos. Foram analisadas 22 histórias infantis. Pela análise interpretativa das histórias percebemos livros: (1) sem história, onde prevalecem tarefas e/ou situações problemas; (2) com história e que continham tarefas e/ou situações-problema envolvendo conteúdos matemáticos que a professora poderia utilizar; (3) em que prevalece o conteúdo a ser ensinado, a história é entendida como história-pretexto e; (4) com história em que prevalece a história, o livro está organizado de forma literária e tem as características de histórias infantis. Verificamos a existência de conexões frágeis, intermediárias e fortes nas produções das professoras. Concluímos que o processo de criação de enredo e personagens, aliado aos conhecimentos matemáticos, não é uma tarefa simples. Ser leitora de histórias infantis não significa que há o conhecimento dos elementos necessários para a criação de uma. Cabe à proposta de formação continuada apresentar o processo de criação de histórias infantis e discutir suas características.

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Publicado

2020-10-21

Edição

Seção

Artigos de fluxo contínuo