O Inferno, de Henri-Georges Clouzot
entre a montagem da estória, a montagem da história e a história da montagem
DOI:
https://doi.org/10.33871/19805071.2024.30.1.8900Palavras-chave:
Cinema, montagem, história, Henri-Georges Clouzot, O InfernoResumo
O filme inacabado O inferno (L'enfer, França, Henri-Georges Clouzot,1964), e o documentário O inferno de Henri-Georges Clouzot (L'enfer d'Henri-Georges Clouzot, França, Serge Bromberg e Ruxandra Medrea, 2009) são nossos objetos de análise neste artigo, no qual examinamos estratégias de montagem cinematográfica por meio de sobreposição de imagens. Inspiradas na arte cinética e no cinema de vanguarda da década de 1920, as imagens mais marcantes do filme de Clouzot representam um indício experimental de como montar imagens em sobreposição pela perspectiva dos anos 1950, e foram objeto de reflexão no documentário de 2009, que buscou compreender o trágico processo criativo da obra. A partir dos dos relatos da equipe de Clouzot, de críticas e da análise prévia da pesquisadora Marion Schmid sobre o documentário, os objetivos deste artigo são destacar as estratégias de montagem como contribuição artística de viés experimental da obra inacabada de Clouzot, perceber seus reflexos na sofisticada narrativa de Bromberg e Medrea, além de comentar a importância do filme de Clouzot para a história da montagem cinematográfica.
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