“Loa de Maracatu”: vivência do gênero textual na educação de pessoas jovens, adultas e idosas

Autores

  • Ana Cláudia de França Universidade de Pernambuco (UFPE)
  • Débora Amorim Gomes da Costa-Maciel Universidade Federal de Pernambuco (UFPE/Campus Mata Norte)

DOI:

https://doi.org/10.33871/22386084.2020.9.17.559-585

Resumo

O trato com os gêneros textuais no âmbito escolar é de suma importância, dentre outras questões, pela capacidade que tal ferramenta oportuniza de explorar textos que circulam nas práticas sociais. Neste artigo, comprometemo-nos a abordar estratégias de vivência com o gênero textual oral “loa de maracatu” no âmbito da Educação de pessoas Jovens, Adultas e Idosas (EJAI). Em busca de atingir tal propósito, inserimo-nos, por um período de três meses, em uma escola da Rede Municipal de Nazaré da Mata, agimos a partir de um olhar colaborativo e, em parceria com os(as) alunos(as), experienciamos estratégias que envolveram apresentação, audição e identificação de características do gênero. Capturamos os dados aqui explorados com auxílio da áudio-gravação e, posteriormente, os tratamos à luz de elementos da técnica de análise de conteúdo categorial. Como resultados, percebemos que os(as) alunos(as), embora reconhecessem o contexto de produção e de realização do gênero, desconheciam a nomenclatura “loa” para se referirem às louvações do maracatu. No âmbito do gênero, o grupo sala identificou questões relativas aos versos e às rimas, dimensões estruturantes do gênero, bem como as modalidades da loa. A sala de aula se tornou um espaço de valorização do gênero oral identitário da cultura da Zona da Mata de Pernambuco e representativo da vivência daqueles alunos(as), que, em sua maioria, vivenciam o referido protótipo nos espaços extra-escolares.

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Publicado

2020-08-11

Edição

Seção

Artigos de fluxo contínuo