Convergências temáticas entre ‘Canto de amor e paz’ e a ‘Sinfonia 4’ de Cláudio Santoro

Paulo de Paula; Carlos Fernando Fiorini

doi:10.33871/vortex.2025.13.9830

Autores

Paulo de Paula Universidade Estadual de Campinas https://orcid.org/0009-0001-8862-4410
Carlos Fiorini Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.33871/vortex.2025.13.9830

Palavras-chave:

Claudio Santoro, Canto de amor e paz, Sinfonia da paz, realismo socialista, música brasileira

Resumo

Neste artigo apresentamos as convergências temáticas existentes em duas obras representativas do compositor Cláudio Santoro: Canto de amor e paz e a Sinfonia 4 “sinfonia da paz”. As peças foram escritas durante o período em que o compositor esteve influenciado pela estética do realismo socialista, no início da década de 1950. As temáticas convergentes se referem a aspectos ideológicos e musicais. O uso da ideia da paz, presente nos títulos das peças e no programa da sinfonia, atua como conteúdo extramusical e está relacionado ao significado que o termo possuía nos meios socialistas ao qual Santoro pertencia. Por outro lado, as obras também apresentam grandes similaridades entre os conteúdos melódicos empregados na construção dos temas principais das duas peças. Concluímos que Santoro utilizou um mesmo tema, embora tenha sido tratado de maneira diferenciada em cada uma delas.

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Biografia do Autor

Paulo de Paula, Universidade Estadual de Campinas

Paulo de Paula é doutor em música pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) onde também obteve os títulos de mestre e bacharel. Tem atuado como pesquisador do repertório orquestral brasileiro. É fundador, diretor artístico e regente da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba, com a qual realizou a gravação dos álbuns “Paisagens Caipiras” e “Música Interior” em 2024 e 2025 respectivamente. Foi responsável pela criação da Orquestra Jovem de Indaiatuba, da EMOSI – Escola de Música da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba e do EMIn – Encontro Musical de Indaiatuba.

Carlos Fiorini, Universidade Estadual de Campinas

Carlos Fiorini é professor livre-docente da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) na área de Regência Coral e Orquestral. Diretor artístico do Coro e da Orquestra do Departamento de Música da UNICAMP, assim como da Camerata Anima Antiqua, especializada em música renascentista. Foi regente assistente e titular da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas de 2005 a 2008. No Brasil regeu as orquestras da UEL, Unicamp, Sorocaba, Bragança Paulista, Rio Claro entre outras. No exterior regeu em Viena (Áustria), Sofia (Bulgária), Potsdam (Alemanha) e Havana (Cuba). Lidera o Grupo de Pesquisa “Regência – Arte e Técnica”.

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