A Dimensão Espacial como Elemento Expressivo e Estruturante em Fonogramas dos Anos 1950

Visualizações: 2

Autores

  • Gilberto Assis Rosa Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.33871/vortex.2024.12.9084

Palavras-chave:

Dimensão espacial, Campo sonoro, Espacialidade, produção musical, Análise de Fonograma

Resumo

A dimensão espacial de uma obra musical gravada refere-se tanto à interação dos sons com o ambiente onde foram captados quanto à disposição dos elementos gravados no campo sonoro. Com o objetivo de enfatizar a importância da dimensão espacial para a compreensão da produção musical mediada por tecnologias de gravação, este artigo lança luz sobre alguns dos procedimentos técnicos e artísticos utilizados para moldar o campo sonoro, ao mesmo tempo em que propõe uma análise comparativa entre dois exemplos de fonogramas cujos produtores, ao buscarem alternativas para a manipulação da dimensão espacial, romperam com a estética hi-fi, no início dos anos 1950: Good Morning Mr. Echo (1951), de Bill e Belinda Putnam, interpretada por Jane Turzy e Bom dia Mister Eco (1952), versão brasileira da mesma obra, interpretada pelo Trio Madrigal.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gilberto Assis Rosa, Universidade Federal de Goiás

Gilberto Assis Rosa é doutor em música pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atua como docente, na área de produção musical, no curso de Música Popular da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG. Atualmente, pesquisa a dinâmica da produção musical em estúdio a partir de uma perspectiva sistêmica.

Referências

BLAKELY, Larry. UA Heritage: an interview with Bill Putnam. UA Webzine, v. 5, n. 11, dez., 2007. Disponível em: <https://www.uaudio.com/webzine/2007/december/index6.html>. Acesso em: 01 abr. 2023.

BLESSER, Barry; SALTER, Linda-Ruth. Spaces speak, are you listening? experiencing aural architecture. Massachusetts Institute of technology, 2007.

BURGESS, Richard. J. The history of music production. NY: Oxford University Press, 2014.

CARDOSO FILHO, Marcos E. Memórias, discos e outras notas: uma história das práticas musicais na era elétrica (1927–1971). Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação de História da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais, 2013.

CHION, Michel. Músicas, media e tecnologias. (Trad. Armando P. da Silva). Lisboa: Instituto Piaget, 1997.

COGAN, Jim. Bill Putnam. Mix Online, nov. 2003. Disponível em: <https://www.mixonline.com/recording/bill-putnam-365354>. Acesso em: 26 mar. 2023.

COOK, Nicholas. Methods for analyzing recordings. In: COOK, Nicholas, CLARKE, Eric, LEECH-WILKINSON, Daniel, RINK, John. The Cambridge Companion to

Recorded music. NY: Cambridge University Press, 2009. p. 221-245.

CORREIA, Orlando. Sistema Nervoso. RJ: Gravadora Todamérica, 1953. Disco TA 5.325.

DELALANDE, François. The technological era of sound’: A challenge for musicology and a new range of social practices. Organised Sound, v. 3, n. 12, p. 251-258, 2007. DOI: 10.1017/S1355771807001926

DIDIER, Aloisio. Radamés Gnattali. RJ: Editora Brasiliana, 1996.

DOYLE, Peter. Echo & reverb: fabricating space in popular music recording, 1900-1960. Middletown: Wesleyan University Press, 2005.

FRITH, Simon; ZAGORSKI-THOMAS, S. The art of record production: an introductory reader for a new academic field. 2. ed. NY: Routledge, 2016.

GUIGUE, Didier. Estética da sonoridade: teoria e prática de um método analítico - uma introdução. Revista Claves, n.4, p. 37-65, nov. 2007.

HARMONICATS DE JERRY MURAD. Peg o’ my heart. Vitacoustic Records, 1947. Disco. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=9BIuX7IsdE8>. Acesso em: 23 mar. 2023.

KATZ, Mark. Capturing sound: How technology has changed music. Berkeley: University of CA Press, 2004.

LEVITIN, Daniel J. This is your brain on music: the science of a human obsession. Dutton, 2006.

MARCONDES, Marcos A (Ed.) Enciclopédia da música brasileira. São Paulo: Art Editora Ltda, 2003.

MORTON JR., David L. Sound Recording: the story of a technology. Baltimore: Johns Hopkins. University Press, 2006.

MOYLAN, William. Considering space in recorded music. In: ZAGORSKI-THOMAS, Simon; ISAKOFF, Katia; LACASSE, Serge Lacasse; STÉVANCE, Sophie Stévance (Eds.) The art of record production: an introductory reader for a new academic field. NY: Routledge, 2016. p. 163-188.

MOYLAN, Willian. The art of Recording: understand and crafting the mix. USA: Focal Press, 2002.

PASSOS, Claribalte. Honra ao mérito. RJ: Carioca, n. 877, 1952. p. 62. Disponível em: <http://memoria.bn.gov.br/DocReader/830259/54282>. Acesso em: 01 jun. 2023.

ROSA, Gilberto Assis. A dinâmica da produção musical em estúdio: affordances e propriedades emergentes do processo. Tese de Doutorado, UNICAMP, 2021. Campinas, 2021. 191p.

SEVERIANO, Jairo. Braguinha: yes, nós temos Braguinha. (2 Ed.) RJ: FUNARTE, 1997.

TEIXEIRA, Márcio. Áudio no Brasil: Norival Reis. RJ: Áudio, Música e Tecnologia, n. 268, jan. 2014. Disponível em: < http://www.musitec.com.br/revistas/?c=4500>. Acesso em: 20 abr. 2023.

TRIO MADRIGAL. Bom dia Mister Eco. RJ: Continental, 1952. Disco 78 rpm. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=5gIMvQWZ1JM >. Acesso em: 22 abr. 2023.

TRIO MADRIGAL. Dicionário Cravo Albin da música Popular brasileira. Instituto Cultural Cravo Albin, 2021. Disponível em: <https://dicionariompb.com.br/grupo/trio-madrigal/>. Acesso em: 02 mai. 2023.

TURZY, Jane; BIONDE, Remo. Good Morning Mr. Echo. Londres: Decca Records. 1951. Disco 45 rpm. Disponível em:

.youtube.com/watch?v=Z6hkgR2Pk5U>. Acesso em: 22 abr. 2023.

WARNER, Timothy. Pop music, technology and creativity: Trevor Horn and the digital revolution. UK: Ashgate Publishing Company, 2003.

Downloads

Publicado

06.12.2024

Como Citar

Assis Rosa, G. (2024). A Dimensão Espacial como Elemento Expressivo e Estruturante em Fonogramas dos Anos 1950. Revista Vórtex, 12, 1–22. https://doi.org/10.33871/vortex.2024.12.9084

Edição

Seção

Artigos

Métricas