Música como ação

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Autores

  • William Teixeira Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
  • Silvio Ferraz Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.33871/23179937.2017.5.1.1858

Resumo

A música é uma coisa, um objeto, uma entidade, um processo? Este artigo busca definir a música como ação, entendendo sua ontologia a partir de critérios baseados na responsabilidade de um autor. Para tal, parte de uma breve revisão das principais definições já cunhadas, desde a Grécia Antiga até o século XX, buscando a compreensão das implicações que cada conceito tinha na prática musical proposta por seus autores. Por fim, alguns postulados do filósofo norte-americano Nicholas Wolterstorff são tomados como base para um exame dos tipos de ação envolvidos no fazer musical, conduzindo à tentativa de uma proposta final de definição.

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Biografia do Autor

William Teixeira, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

William Teixeira é bacharel em violoncelo pela UNESP, mestre em música pela UNICAMP e conclui seu doutorado em música pela USP. Atualmente é Professor na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS. Além de sua atuação como violoncelista, onde tem estreado dezenas de peças de várias gerações de compositores brasileiros, pesquisa as possí­veis relações entre a retórica e a música contemporânea.

Silvio Ferraz, Universidade de São Paulo

Silvio Ferraz é doutor em semiótica pela PUC/SP e livre-docente pela UNICAMP. Fez cursos de aperfeiçoamento com Brian Ferneyhough, na Fundação Royaumont, e com Gerard Grisey e Jonathan Harvey no IRCAM. É autor de Música e Repetição: aspectos da questão da diferença na música contemporânea, Livro das Sonoridades e organizador de Notas-Atos-Gestos. Atualmente é professor de composição da USP e pesquisador do CNPq.

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Publicado

30.06.2017

Como Citar

Teixeira, W., & Ferraz, S. (2017). Música como ação. Revista Vórtex, 5(1), 1–12. https://doi.org/10.33871/23179937.2017.5.1.1858

Edição

Seção

Artigos

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