A Pop Art como material artístico da modernidade no Rock e suas distinções na Inglaterra e nos EUA
DOI:
https://doi.org/10.33871/vortex.2025.13.10047Palavras-chave:
Contracultura, Beatles, David Bowie, Pop Art, RockResumo
Na década de 1960, o rock esteve profundamente ligado à contracultura, permitindo que músicos explorassem novas formas sonoras e visuais em um ambiente aberto à experimentação. Nesse contexto, muitas bandas dialogaram com a pop art, tanto na Inglaterra quanto nos Estados Unidos. Este artigo analisa essas interações a partir das obras dos Beatles e de David Bowie, artistas que emergiram do underground e se conectaram com a estética pop em diferentes momentos. Destacamos a singularidade da pop art inglesa nas colagens presentes na produção dos Beatles entre 1967 e 1969, e o minimalismo da vertente norte-americana nas obras de Bowie durante a década de 1970. Haja vista que essas vertentes são comumente entendidas como sendo unívocas, buscamos contribuir para um debate mais amplo a respeito dos aspectos de produção da arte e do rock dos anos 1960-70, ressaltando as possibilidades inauguradas a partir do diálogo entres tais mídias.
Downloads
Referências
Jornais e Revistas:
The Village Voice, Nova Iorque, ago. 1975. Acervo pessoal e acervo online podendo ser acessado em: https://news.google.com/newspapers?nid=KEtq3P1Vf8oC&dat=19750818&printsec=frontpage&hl=en
Discografia principal:
BEATLES. Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band.London: Parlophone,1967. LP.
DAVID BOWIE. Hunky Dory. London: Parlophone, 2015 [remasterizado do LP original de 1971]. 1 CD (41min52s.). Disponível no Spotify.
DAVID BOWIE. Heroes. London: Warner Music Group Company., 2016 [remasterizado do LP original de 1977]. 1 CD (38min.). Disponível no Spotify.
Bibliografia
ADORNO, Theodor. Sobre Música Popular. Trad. Flávio R. Kothe, in G. Cohn, (org.), Col. Grandes Cientistas Sociais, vol. 54. São Paulo: Ática, 1986.
ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. A indústria cultural: o iluminismo como mistificação de massas. Pp. 169 a 214. In: LIMA, Luiz Costa. Teoria da cultura de massa. São Paulo: Paz e Terra, 2002. 364p.
ALLOWAY, Lawrence. O desenvolvimento da Arte Pop britânica. In: LIPPARD, Lucy. A Arte Pop. Lisboa: Editorial Verbo, 1973.
AUSLANDER, Philip. Performing Glam Rock: Gender and Theatricality in Popular Music. Michigan: University of Michigan Press, 2006.
BÜRGER, Peter. Teoria da Vanguarda. São Paulo: Ubu Editora, 2017.
BÜRGER, Peter. Avant-Garde and Neo-Avant-Garde: An Attempt to Answer Certain Critics of Theory of the Avant-Garde. New Literary History, v. 41, p. 695-715, 2010.
BYRNE, David. How Music Works. Edinburgh: Canongate Books Ltd, 2012.
CONNOR, Steven. Cultura Pós-Moderna: Introdução às teorias do contemporâneo. São Paulo: Edições Loyola, 2012.
DIAS, Marcia Tosta. Os Donos da Voz: Indústria Fonográfica e Mundialização da Cultura. São Paulo: Boitempo, 2000.
FAULK, Barry J. Modernist Rock Constructs the Folk: The Beatles’ Magical Mystery Tour. In: British Rock Modernism, 1967-1977: The Story of Music Hall in Rock. England: Ashgate, 2010.
FENERICK, José Adriano; CONTE, Marco Abrão; PORTUGAL, Ana Raquel. A História Nas Artes. Curitiba: Editora Appris Ltda, 2023.
FENERICK, José Adriano. Nas Trilhas do Rock: Contracultura e Vanguarda. Curitiba: Editora Appris Ltda, 2021.
FENERICK, José Adriano; SOUZA, Rainer. Nas Trilhas do Rock: Experimentalismo e Mercado Musical. Goiânia: Editora Kelps, 2018.
FENERICK, José Adriano. Nas Trilhas Do Rock: Psicodelia e Underground Anglo-americano. Curitiba: Editora Appris Ltda, 2025.
FENERICK, José Adriano. Façanhas Às Próprias Custas: Produção Musical Da Vanguarda Paulista (1979-2000). São Paulo: Annablume, 2007.
FENERICK, José Adriano; MARQUIONI, Carlos Eduardo. Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band: Uma Colagem de Sons e Imagens. Revista de História e Estudos Culturais, [S. l.], Janeiro/Fevereiro/Março 2008.
FOSTER, Hal. O Retorno do Real. São Paulo: Cosac & Naify, 2014.
FRITH, Simon; HORNE, Howard. Art into Pop. Londres: Routledge, 1989.
GREENBERG, Clement. A Pintura Modernista 1960. In: FERREIRA, Glória; MELLO, Cecília Cotrim de. Clement Greenberg e o Debate Crítico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda, 1996.
GREENBERG, Clement. Vanguarda e Kitsch 1939. In: FERREIRA, Glória; MELLO, Cecília Cotrim de. Clement Greenberg e o Debate Crítico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda, 1996.
GOMES, José C. F. Os Destroços De Uma Juventude Delinquente: David Bowie e o rock da década de 1970. 2023. Dissertação (Mestrado em História). Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Estadual Paulista (Unesp). Franca, 2023.
GROSSBERG, Lawrence. Is There Rock After Punk? In: FRITH, Simon; GOODWIN, Andrew. On Record: Rock, Pop, and the Written Word. New York and London: Routledge, 1990.
GRUNENBERG, Christoph; HARRIS, Jonathan (ed.). Summer of Love: Psychedelic Art, Social Crisis and Counterculture in the 1960s. Liverpool: Liverpool University Press, 2005.
HEBDIGE, Dick. Subculture: The Meaning of Style. London and New York: Routledge, 1979.
HICKS, Michael. Sixties Rock: garage, psychedelic, and other satisfactions. Chicago. Marston Book Services Limited. 2000.
JAMESON, Fredric. Reification and Utopia in Mass Culture. In: Signatures of the Visible. London: Routledge, 1992.
JAMESON, Fredric. Postmodernism and Consumer Society. In: FOSTER, Hal (ed.). The Anti-Aesthetic: Essays on Postmodern Culture. Port Townsend, Washington: Bay Press, 1983.
LIPPARD, Lucy R. A Arte Pop. Rio de Janeiro: Gris, Impressores, S. A. R. L., 1973.
MACAN, Edward. The Birth of Progressive Rock. In: Rocking the Classics: English Progressive Rock and the Counterculture. New York, 1997. Online edn, Oxford Academic, 3 Oct. 2011. https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780195098884.003.0002. Accessed 30 Aug. 2023.
McCARTHY, David. Arte Pop. São Paulo: Cosac Naify, 2002.
MILES, Barry. In the Seventies: Adventures in the Counterculture. London: Serpent’s Tail, 2011.
MILES, Barry. London Calling: A Countercultural History of London Since 1945. London: Atlantic Books, 2010.
MILANI, Vanessa Pironato. Sisters, O Sisters, Lets Stand Up Right Now: O Processo de Feminilização do Rock na Época da Contracultura e da Nova Esquerda, 1966-1974. 2022. Tese (Doutorado em História). Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho UNESP/Franca, 2022.
NAPOLITANO, Marcos. A Síncope das Ideias: A Questão da Tradição na Música Popular Brasileira. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2007.
NAPOLITANO, Marcos. Seguindo a Canção: Engajamento Político e Indústria Cultural na MPB (1959-1969). São Paulo: Editora Annablume, 2001.
NELSON, Elizabeth. The British Counter-Culture, 1966-73: A Study of the Underground Press. London: THE MACMILLAN PRESS LTD, 1989.
ROSZAK, Theodore. A Contracultura: Reflexões sobre a sociedade tecnocrática e a oposição juvenil. Rio de Janeiro: Editora Vozes LTDA, 1972.
SIMONELLI, David. Working Class Heroes: Rock Music and British Society in the 1960s and 1970s. London: Lexington Books, 2013.
STRAW, Will. Characterizing Rock Music Culture: The Case of Heavy Metal. In: FRITH, Simon; GOODWIN, Andrew. On Record: Rock, Pop, and the Written Word. New York and London: Routledge, 1990.
STRAW, Will; HORNE, Howard. Art into Pop. London: Methuen and Co. Ltd, 1987.
WARNER, Simon. The Banality of Degradation: Andy Warhol, the Velvet Underground and the Trash Aesthetic. In: SKLOWER, Jedediah; WHITELY, Sheila. Countercultures and Popular Music. England: Ashgate, 2014.
WHITELEY, Sheila; SKLOWER, Jedediah (eds.). Countercultures and Popular Music. New York: Routledge, 2014.
WHITELEY, Sheila. The Space Between the Notes: Rock and the Counter-Culture. 1992.
WILSON, Andrew. Spontaneous Underground: An Introduction to London Psychedelic Scenes 1965-1968. In: GRUNENBERG, Christoph; HARRIS, Jonathan (eds.). Summer of Love: Psychedelic Art, Social Crisis and Counterculture in the 1960s. Liverpool: Liverpool University Press, 2005.
WILLIAMS, Raymond. Cultura. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 2008.
WILLIAMS, Raymond. Marxismo e literatura. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Vanessa Pironato Milani, José Cesar Fernandes Gomes

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.