AS INTERAÇÕES DISCURSIVAS NO ENSINO DE GEOMETRIA POR MEIO DE TÉCNICAS DE DOBRADURA E OUTRAS ATIVIDADES LÚDICAS
DOI:
https://doi.org/10.33871/22385800.2017.6.11.97-127Resumen
Esta pesquisa teve por objetivo analisar o desenvolvimento de uma sequência didática elaborada e voltada para o ensino de geometria, por meio de técnicas de dobraduras e outras atividades lúdicas, verificando as suas contribuições para a evolução conceitual e de habilidades motoras dos alunos. A pesquisa foi desenvolvida com alunos do 3º ano do Ensino Fundamental de uma escola estadual, localizada no município de Nossa Senhora do Socorro, em Sergipe. Trata-se de uma pesquisa qualitativa sobre a própria prática, como discutido por João Pedro da Ponte. Nessa perspectiva, a pesquisadora atuava como professora da turma investigada. O foco analítico, tendo-se em vista uma perspectiva sociocultural de educação, voltou-se, principalmente, para as interações discursivas configuradas no cotidiano da sala de aula, as quais foram analisadas com base nas teorias de Vygotsky, bem como em algumas categorias analíticas propostas por Mortimer e Scott. Os dados foram obtidos e tratados com inspiração na etnografia interacional. Por meio de filmagens e anotações de campo, as ações da professora e dos alunos foram registradas. Cada aula da sequência didática, registrada em vídeo, foi mapeada em episódios, os quais foram submetidos à análise, sendo que os mais representativos foram transcritos, tendo sua análise aprofundada. Os resultados obtidos indicam que as interações guiadas e fomentadas pela professora em sala de aula, bem como as ferramentas mediadoras por ela utilizadas favoreceram o desenvolvimento e a aprendizagem do conteúdo matemático explorado, contribuíram para a evolução das habilidades motoras dos alunos, possibilitaram o diálogo com Arte e a formação dos conceitos básicos de geometria.