FAHRENHEIT 451: CONSIDERAÇÕES SOBRE O LIVRO DIDÁTICO DE MATEMÁTICA E SUA ANÁLISE À LUZ DA ABORDAGEM ANTROPOLÓGICA DO DIDÁTICO
Resumo
No presente ensaio nosso objetivo é discutir à luz da Teoria Antropológica do Didático (TAD)
aspectos sobre a natureza do livro didático de Matemática e seu processo de análise tendo por escopo
principal essa mesma teoria. O título do artigo faz alusão à clássica obra de ficção científica de Ray
Bradbury, intitulada Fahrenheit 451. Na obra o mundo vive o dilema da busca da felicidade plena, para
isso, se estabelece um regime totalitário que, dentre outras ações, promove a incineração de livros e
obras clássicas da humanidade, pois são vistos como ameaças pelas mensagens e ensinamentos
complexos que carregam. Essa metáfora nos serviu para discutir o papel do livro didático, ora como
obra de referência para comunicar o saber matemático a ensinar, ora como instituição que pode agir
sobre a cognição dos sujeitos. Para tanto, iniciamos com uma discussão teórica sobre a natureza dual
dos livros didáticos. Em seguida, retomamos a questão do processo de análise dos livros didáticos, tendo
por base a TAD. Esta discussão, parte da revisão do texto de Bittar (2017) que foi fundamental para
construção de nossa experiência com a análise de livros didáticos, tanto durante o doutoramento dos
dois autores, quanto das pesquisas que orientamos atualmente. Assim, o nosso foco foi partilhar nossa
experiência com análise de livros didáticos a partir da exposição dos percursos teóricos e metodológicos
que fazemos
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