Ensaio sobre um processo de criação artística
a (des)ordem da imaginação e do acaso na poética audiovisual
DOI:
https://doi.org/10.33871/19805071.2024.30.1.8764Palavras-chave:
Imaginação, Artes do Vídeo, Acaso, Processo de CriaçãoResumo
Neste ensaio reflexivo nosso objetivo é apresentar um processo singular de criação nas artes do vídeo, dialogando com a ideia de que o exercício criativo que confere forma à videoarte – objeto empírico de nossa investigação –, é permeado pela transitoriedade do inacabamento do gesto sensível e consciente. O que nos (co)move neste raciocínio analítico é a ideia do acaso como possível caminho constitutivo para se pensar-fazer arte pelo viés da ampliação da imaginação, da intuição e da própria linguagem audiovisual. Nosso percurso investigativo apoia-se no tipo de pesquisa qualitativa e indutiva e, como abordagem metodológica, utilizamos a Crítica de Processos, visto que, o processo de construção artística da obra de arte e o reconhecimento dos métodos, materiais e anotações empregados pelos artistas são essenciais para o estudo da poética autoral. Pautamos nossas considerações ensaísticas em uma questão norteadora: de que forma a poética audiovisual reveste-se do conceito de paisagens pessoais e dos acasos em sua configuração formal? A ancoragem teórica do estudo se reporta à Fayga Ostrower (2009; 2013) para dar conta dos conceitos de acaso, percepção e formas de expressividade nas artes e à Cecília de Almeida Salles (2006; 2010; 2013), no que se refere à Crítica de Processos.
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