A imaginação estilizada no cinema documentário de Werner Herzog

Autores/as

  • Jéssica Frazão USP/UNIVILLE

DOI:

https://doi.org/10.33871/19805071.2024.30.1.8812

Palabras clave:

Werner Herzog, Imaginação, Verdade Extática, Cinema Documentário

Resumen

O objetivo deste artigo é analisar como o diretor alemão Werner Herzog utiliza a imaginação para compor sua mise-en-scène documentária, de forma a construir momentos de sublimidade em sua narrativa, denominados de Verdade Extática. Metodologicamente, aplica-se a análise fílmica da imagem e do som (cinematográfica) de Aumont e Marie (2004), utilizada nos documentários O Grande Êxtase do Entalhador Steiner (1974) e Gasherbrum – A montanha luminosa (1984). Em ambos os filmes, os protagonistas se engajam em esportes de aventura que destacam a importância do movimento físico, elemento significativo na narrativa herzoguiana. Desse debate, emergem formas imaginativas em Herzog com constante uso de ensaio, repetição e autorreflexão, características utilizadas para que seus personagens alcancem a Verdade Extática.

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Citas

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Referências audiovisuais

Fitzcarraldo, direção: Werner Herzog, Alemanha Ocidental, 1982.

Gasherbrum – A montanha luminosa, direção: Werner Herzog, Alemanha, 1984.

Meu melhor inimigo, direção: Werner Herzog, Alemanha, 1999.

O grande êxtase do Entalhador Steiner, direção: Werner Herzog, Alemanha, 1974.

O pequeno Dieter precisa voar, direção: Werner Herzog, Alemanha,1997.

Sinais de vida, direção: Werner Herzog, Alemanha Ocidental,1968.

Tokyo-Ga, direção: Wim Wenders, Alemanha Ocidental, Estados Unidos, 1985.

Visita ao inferno, direção: Werner Herzog, Áustria e Reino Unido, 2016.

Publicado

2024-07-01

Cómo citar

FRAZÃO, Jéssica. A imaginação estilizada no cinema documentário de Werner Herzog. Revista Cientí­fica/FAP, Curitiba, v. 30, n. 1, p. 239–253, 2024. DOI: 10.33871/19805071.2024.30.1.8812. Disponível em: https://periodicos.unespar.edu.br/revistacientifica/article/view/8812. Acesso em: 3 jul. 2024.