Comunidade estética como resistência e participação
olhares à obra de Hélio Oiticica
DOI:
https://doi.org/10.33871/19805071.2024.30.1.8737Keywords:
Hélio Oiticica, Pluralismo Ontológico, Comunidade estética, Criação coletivaAbstract
O artigo se propões a discutir possibilidades conceituas para a construção de um pluralismo ontológico da arte. Partindo da noção de “comunidade estética”, como uma construção coletiva através dos sentidos, o trabalho irá investigar o papel de uma noção substancialista de “Arte” localizada em um espaço-tempo delimitados na perda da participação e na construção coletiva de símbolos. Em contraponto, será buscado possibilidade de sensibilização através da criação e dos pressupostos teóricos de Hélio Oiticica. Ao apontar para o local e para fazer coletivo, cremos que o trabalho do artista indica um pluralismo ontológico da arte e parâmetros para a constituição de uma comunidade estética.
Downloads
References
COSTA, R. Após o fim da arte europeia: uma análise decolonial do pensamento sobre a produção artística. DoisPontos, [S.l.], v. 15, n. 2, nov. 2018. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/doispontos/article/view/62705>. Acesso em: 18 maio 2022.
DESCOLA, P. O avesso do visível: ontologia e iconologia. Arte e Ensaios, n. 31, p. 126-137, 2016.
FAVARETTO, C. A invenção de Hélio Oiticica. São Paulo: Edusp, 1992.
______. O grande mundo da invenção. ARS [online]. v. 15, n. 30, pp. 33-47, 2017. Disponível em: <https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2017.134274>. Acesso em: 15 mai 2022.
GALLY, M. A dimensão política da arte: rascunhos sobre um Hélio Oiticica tardio. Rapsódia, [S. l.], n. 12, p. 203-222, 2019. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/rapsodia/article/view/153447>. Acesso em: 16 maio. 2022.
HUI, Y. Art and cosmotechnics. Minnesota: University of Minnesota Press, 2021.
______. Objects of Art after Duchamp: on creativity and gentrification. La deleuziana, n. 0, 2014.
______. Tecnodiversidade. São Paulo: UBU Editora, 2020.
______. The question concerning technology in China: An essay in cosmotechnics. Cambridge, Londres: MIT Press, 2018.
HUI, Y; VIVEIROS DE CASTRO, E. For a Strategic Primitivism. Philosophy Today, 65 (2), p. 391-400, 2021.
MARI, M. A veste e o corpo: parangolé e o corpo coletivo. In: MARQUES FILHO, A; MENDONÇA, M. (orgs). Moda e historicidade: múltiplos olhares. Goiânia: Espaço acadêmico, 2017. p. 139-149.
______. Necrocapitalismo, sensibilidade estética e reconversão neoliberal do Brasil. In: XXXIX Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte, 39, 2020, Pelotas. Anais do XXXIX Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte, Pelotas, RS, UFPEL/CBHA, 2020 [2019], p.123-130.
NODARI, A. Limitar o limite: modos de subsistência. ILHA, v. 21, n. 1, p. 69-102, 2019. Disponível em: <https://doi.org/10.5007/2175-8034.2019v21n1p68>. Acesso em: 09 mai. 2022.
OITICICA, H. Aspiro ao grande labirinto. Rio de Janeiro: Rocco, 1986.
______. Brasil diarréia. In: GULLAR, F. (coord.). Arte brasileira hoje. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1973. p.147-152.
OLIVEIRA, A. M. Arte e comunidade: práticas de colaboração implicadas no comum. PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG, [S. l.], p. 42-60, 2017. Disponível em: <https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/15496>. Acesso em: 06 maio. 2022.
______. Pós-digital e inteligência artificial: A importância de um paradigma tecno-ético-estético. In: Anais do VII Simpósio Internacional de Inovação em Mídias Interativas. HUB Eventos 2020. São Paulo: Media Lab/BR, PUC-SP, p. 78-85, 2020.
OLIVEIRA, A. M.; MALMANN, K. L.; SALES, J. S. Arte e tecnodiversidade na ativação da cultura indígena kaingáng. Cuadernos de Música, Artes Visuales y Artes Escénicas, v. 16, n.2, p. 174-195, 2021. Disponível em: <http://doi.org/10.11144/javeriana.mavae16-2.atac>. Acesso em: 06 mai. 2022.
PAPE, L. Catiti catiti na terra dos brasis. Dissertação (Mestrado em Filosofia). Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1980.
PAZETTO, D. A pureza é um mito: Uma proposta simpoiética para a autoria nas artes. Viso: Cadernos de estética aplicada, v. 15, n° 29, p. 182-203, 2022. Disponível em: < http://revistaviso.com.br/article/428>. Acesso em: 05 mai. 2022.
PEDROSA, M. Discurso aos Tupiniquins ou Nambás. In: FERREIRA, G. (org.). Crítica de arte no Brasil: Temáticas contemporâneas. Rio de Janeiro: FUNARTE, 2006. p. 467-471.
PINTO NETO, M. Bernard Stiegler, pensador do humano e da tecnologia. DoisPontos, [S.l.], v. 12, n. 1, abr. 2015. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/doispontos/article/view/36813>. Acesso em: 06 mai. 2022.
RANCIÈRE, J. A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: EIXO experimental org; Editora 34, 2009.
SHINER, L. The invention of Art: a cultural history. Chicago: The University of Chicago Press, 2001.
STIEGLER, B. Anamnésia e hipomnésia: Platão, primeiro pensador do proletariado. ARS [online], v. 7, n. 13, p. 22-41, 2009. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/ars/article/view/3059>. Acesso em: 13 maio. 2022.
______. De la misère symbolique. Paris: Flammarion, 2013.
______. La technique et le temps 1: La faute d’Épimíthée. Paris: Galilée, 1994.
______. Noodiversity, technodiversity: elements of a new economic foundation based on a new foundation for theoretical computer science. Angelaki: Journal of the Theoretical Humanities, v. 25, p. 67-80, 2020. Disponível em: <https://doi.org/10.1080/0969725X.2020.1790836> Acesso em: 06 mai. 2022.
______. O desejo asfixiado. Le Monde Diplomatique Brasil. Edição de janeiro de 2010. Disponível em: <https://diplomatique.org.br/o-desejo-asfixiado>. Acesso em: 06 mai. 2022.
______. Reflexões (não) contemporâneas. Maria Beatriz Medeiros (org. e trad.). Chapecó: Argos, 2007.
______. The Proletarianization of Sensibility. Boundary 2, 44(1), p. 05-18, 2017. Disponível em: <https://read.dukeupress.edu/boundary-2/article-abstract/44/1/5/97410/The-Proletarianization-of-Sensibility>. Acesso em: 06 mai. 2022.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
The authors retain the copyright, when licensing their production in Revista Científica/FAP, which is licensed under a Creative Commons license. When submitting the article, and upon acceptance, the author assigns his copyright for publication in that journal.
Readers can download, print and use the articles published in the journal, as long as there is always an explicit mention of the author (s) and the Revista Científica/FAP, no changes to the original work are allowed. When submitting an article to Revista Científica/FAP and after its being accepted for publication, the authors allow, without remuneration, to pass the following rights to the Journal: the first edition rights and the authorization for the editorial team to transfer, according to their judgment, this article and its metadata to indexing and reference services.