MEDIAÇÃO NO MUSEU, NA ESCOLA E NA VIDA
DOI:
https://doi.org/10.33871/19805071.2021.25.2.4309Abstract
O presente artigo discorre sobre mediação em museus, enfatizando que, antes que ela ocorra dentro destas instituições, é importante tentar entender os motivos pelos quais um percentual tão pequeno da população, especialmente da oriunda de uma classe econômica mais baixa, frequenta museus. Reflete sobre este afastamento entre público e arte e busca nos escritos de Pierre Bourdieu, especificamente na tese do poder simbólico, explicações para este fato. Discorre sobre as construções históricas e ideológicas que levaram o público, especialmente o oriundo de classes econômicas inferiores a acreditar que os museus não foram feitos para ele e aponta a escola como uma alternativa na superação deste processo, uma vez que os professores de Arte tenham consciência deste fato e trabalhem no sentido de não reproduzi-lo. Por fim, discorre sobre a preocupação que os setores educativos dos museus precisam ter para acolher este público, ressaltando que, para além do atendimento das questões importantíssimas de acessibilidade, é fundamental pensar em condutas que trabalhem no sentido contrário da elitização da instituição museal.
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