Técnicas estendidas para a voz - A vocalidade contemporânea nas obras de Cage, Berio, Ligeti e Schoenberg

Autores

  • Régis de Carvalho Universidade do Estado de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.33871/23179937.2018.6.1.2403

Resumo

É sob o experimentalismo musical da segunda metade do século XX, que se consolidam as Técnicas Estendidas. Para Padovani e Ferraz (2012), tais técnicas são recursos não usuais dentro de um contexto histórico, que surgem da exploração dos sons dos instrumentos. No entanto, no que tange aÌ€ voz, a revisão da bibliografia levantada sobre o assunto apontou divergências conceituais Mabry (2009), Mendes (2010), Valente (2010) Mabry (2009), Mendes (2010), Valente (2010). Para uma melhor compreensão sobre o tema, fez-se uma revisão de partituras e bulas de peças significativas de compositores como Berio, Ligeti, Schoenberg, e John Cage. O objetivo foi investigar os recursos vocais por eles requisitados. Foram catalogados distintos gestos que podem ser considerados técnicas estendidas para a voz: Gritos; sussurros; sorrisos; balbucios; voz falada; voz narrada; voz sussurrada; morphings; dentre várias outras maneiras de emissão vocal. Definitivamente, o cantar na contemporaneidade vai além da dimensão melódica.

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Biografia do Autor

Régis de Carvalho, Universidade do Estado de Minas Gerais

Formado em canto pelo Cefar - Palácio das Artes, Bh-Mg; Licenciado em canto pela Universidade do Estado de Minas Gerais; é mestrando no PPGartes -UEMG com pesquisa na área de voz na contemporaneidade, questões teóricas e processos interpretativos, atua como cantor no grupo Atelíê‚ C em Belo Horizonte.

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Publicado

01.04.2018

Como Citar

de Carvalho, R. (2018). Técnicas estendidas para a voz - A vocalidade contemporânea nas obras de Cage, Berio, Ligeti e Schoenberg. Revista Vórtex, 6(1). https://doi.org/10.33871/23179937.2018.6.1.2403

Edição

Seção

Artigos