DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO GEOMÉTRICO: APRENDIZAGENS E CONTRIBUIÇÕES DE UM CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA

Autores

  • Marilda Delli Colli UTFPR
  • Emerson Tortola
  • Zenaide de Fátima Dante Correia Rocha

Resumo

Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa de Mestrado Profissional cujo objetivo foi investigar as aprendizagens e as contribuições de um curso de formação continuada para a prática pedagógica de professoras que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental em relação ao desenvolvimento do pensamento geométrico de acordo com a Teoria de Van Hiele. O curso foi organizado em três etapas: fundamentação teórica acerca do ensino de geometria e da Teoria de Van Hiele; elaboração de tarefas sobre geometria, plana e espacial, pautadas nos níveis de pensamentos e nas fases de aprendizagem sistematizados pela e a partir da Teoria de Van Hiele; e aplicação das tarefas a alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, das professoras participantes, para validação, discussão e reformulação. Participaram do curso dois docentes formadores, três professoras da Educação Infantil e sete professoras dos anos iniciais de uma escola privada do Norte do Paraná. Os dados foram coletados por meio de questionários, aplicados antes e após o curso, gravações em áudio e vídeo dos encontros realizados via Google Meet, diário de campo e registros produzidos pelos alunos das professoras participantes durante a aplicação das tarefas. A análise dos dados, orientada por uma abordagem qualitativa, revelou como aprendizagens e contribuições do curso: o entendimento da necessidade de explorar os conhecimentos prévios dos alunos para identificar o nível de pensamento em que eles se encontram; o conhecimento, a elaboração e a aplicação de tarefas de acordo com as características e as fases da aprendizagem associadas aos níveis de pensamento de Van Hiele; e a discussão de intervenções necessárias para auxiliar os alunos na passagem de um nível a outro.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BOGDAN, R. C.; BIKLEN, S. K. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Portugal: Porto Editora, 1994.

CHIMENTÃO, L. K. O significado da formação continuada docente. In: CONGRESSO NORTE PARANAENSE DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR, 4., Londrina, 2009. Anais... Londrina: UEL, 2009. Disponível em:

http://www.uel.br/eventos/conpef/conpef4/trabalhos/comunicacaooralartigo/artigocomoral2.pdf. Acesso em: 11 out. 2020.

ELIAS, A. P. A. J.; ZOPPO, B. M.; GILZ, C. Concepções docentes quanto aos processos de formação de professores: um estudo exploratório. Rev. FAEEBA – Ed. e Contemp., Salvador, v. 29, n. 57, p. 29-44, jan./mar. 2020. http://dx.doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2020.v29.n57.p29-44.

FIORENTINI, D. A. Investigação em Educação Matemática desde a perspectiva acadêmica e profissional: desafios e possibilidades de aproximação. Cuadernos de Investigación y Formación en Educación Matemática. Costa Rica, v. 8, n. 11, p.61-82, 2013. https://revistas.ucr.ac.cr/index.php/cifem/article/view/14711.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

JORGE, N. M.; PEREIRA, P. S. Reflexões de uma pesquisa colaborativa na formação continuada de professores de matemática a partir do Programa Observatório da Educação. Revista Paranaense de Educação Matemática, Campo Mourão, v. 8, n. 15, p. 106-122, jan./jun. 2019. https://doi.org/10.33871/22385800.2019.8.15.106-122

KAMINSKI, M. R. et al. Uso de jogos digitais em práticas pedagógicas realizadas em distintos contextos escolares. Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v. 21, n. 2, p.288-312, 2019. http://dx.doi.org/10.23925/1983-3156.2018v21i2p288-312

LIBÂNEO, J. C. Organização e Gestão Escolar Teoria e Prática 5. ed. Goiânia: Alternativa, 2004.

MACÊDO, F. C. de; BARBOSA, J. C. Um estado do conhecimento sobre trabalho colaborativo: uma análise de artigos publicados no Brasil. BOLETIM GEPEM, n. 67, p. 74-88, jul./dez. 2015. http://dx.doi.org/10.4322/gepem.2016.007

MACHADO, A. C. T. A.; BORUCHOVITCH, E.. As práticas autorreflexivas em cursos de formação inicial e continuada para professores. Psicol. Ensino & Form. v. 6, n. 2, p. 54-67, 2015. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/pef/v6n2/v6n2a05.pdf

MORAN, J. M. Mudando a educação com metodologias ativas. In: SOUZA, C. A.; MORALES, O. E. T. (Orgs.). Convergências Midiáticas, Educação e Cidadania: aproximações jovens. Ponta Grossa: UEPG, 2015. (Coleção Mídias Contemporâneas). http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/mudando_moran.pdf

MOTTA, M. S.; BASSO, S. J. L; KALINKE, M. A. Mapeamento sistemático das pesquisas realizadas nos programas de mestrado profissional que versam sobre a aprendizagem matemática na Educação Infantil. ACTIO, Curitiba, v. 4, n. 3, p. 204-225, set./dez. 2019. https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/10456

MOTTA, M. S.; SILVEIRA, I. F. Estágio supervisionado e tecnologias educacionais: estudo de caso de um curso de Licenciatura em Matemática. Educação Matemática Pesquisa, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 47-65, 2012.

NACARATO, A. M.; MENGALI, B. L. S.; PASSOS, C. L. B. A matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental: tecendo fios do ensinar e do aprender. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2011. (Coleção Tendências em Educação Matemática).

NASCIMENTO, M. G. A formação continuada dos professores: modelos, dimensões e problemática. Ciclo de Conferências da Constituinte Escolar. Caderno Temático, Belo Horizonte, n. 5, jun., 2000.

NASSER, L.; SANT’ANNA, N. F. P. Geometria segundo a teoria de Van Hiele. 2. ed. Rio de Janeiro: IM/UFRJ, 2010.

NOGUEIRA, C. M. I.; PAVANELLO, R. M.; OLIVEIRA, L. A. Uma experiência de formação continuada de professores licenciados sobre a matemática dos anos iniciais do Ensino Fundamental. RPEM, Campo Mourão, v. 3, n. 4, p. 138-160, jan./jun. 2014.

PASSOS, C. L. et al. Desenvolvimento profissional do professor que ensina Matemática: Uma meta-análise de estudos brasileiros. Quadrante, v. 15, n. 1&2, p. 193–219, 2006. https://doi.org/10.48489/quadrante.22800.

SANDIN ESTEBAN, M. P. Pesquisa qualitativa em educação: fundamentos e tradições. Porto Alegre: AMGH, 2010.

SANTOS, R. C.; GUALANDI, J. H. Laboratório de ensino de matemática: o uso de materiais manipuláveis na formação continuada dos professores. In: ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 12., São Paulo, 2016. Anais... São Paulo: SBEM, 2016. Disponível em: http://www.sbem.com.br/enem2016/anais/pdf/5490_2562_ID.pdf. Acesso em: 13 jul. 2021.

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 17. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.

VAN DE WALLE, J. A. Matemática no ensino fundamental: formação de professores em sala de aula. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.

VAN HIELE, P. M. Structure and Insight. Academic Press, Orlando, FL, USA, 1986.

VILLIERS, M. Algumas reflexões sobre a teoria de Van Hiele. Educação Matemática e Pesquisa, São Paulo, v. 12, n. 3, p. 400-431, 2010.

Downloads

Publicado

01-12-2022

Como Citar

Colli, M. D., Tortola, E., & Rocha, Z. de F. D. C. (2022). DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO GEOMÉTRICO: APRENDIZAGENS E CONTRIBUIÇÕES DE UM CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA. Revista Paranaense De Educação Matemática, 11(26), 518–541. Recuperado de https://periodicos.unespar.edu.br/index.php/rpem/article/view/5167

Edição

Seção

Artigos Científicos