Currículo para ensino de línguas no Brasil: o foco no processo para além da sala de aula
DOI:
https://doi.org/10.33871/23594381.2019.17.2.2741Keywords:
formação docente, língua inglesa, currículo processoAbstract
Este artigo tem por objetivo revisitar e (re)discutir o foco no processo de ensino e aprendizagem e sua relação com a sala de aula, entre sujeitos sócio culturalmente constituídos por meio da língua. Ao adentrar o campo dos estudos curriculares, em particular da literatura que aproxima o conceito de currículo dos estudos culturais, ditos estudos curriculares de linha pós-crítica, pretendo argumentar que o processo de ensino e aprendizagem vai além da sala de aula. É pela via dos estudos curriculares pós-críticos que pretendo sustentar que estruturas de planejamento em geral, classificadas como pedagógicas, nas escolas, nas licenciaturas, nos núcleos e hierarquias do sistema educacional, apesar de não enfocarem a sala de aula propriamente dita, e sobretudo se envolvem os docentes como condutores das ações, constituem parte integrante do currículo processo. Tal linha de argumentação permeia os alicerces de minha tese doutoral, em que proponho um olhar sobre o currículo processo que se volta a um contexto de planejamento educacional de formação de professores de inglês em momento dito de reestruturação curricular.Downloads
References
AMORIM, A.C. (2011). Curriculum disfiguration. In: Pinar W. F. (Org.). Curriculum Studies in Brazil: intellectual histories, present circumstances. New York: Pelgrave Macmillan, p. 55-69.
ARROYO, M.G. (2013). Currículo: território em disputa. 5. ed. Petrópolis, RJ: Vozes.
BOHN, H. (2009). O método "soberano" para o ensino e aprendizagem de língua inglesa. In: LIMA, D. C. (Org.). Ensino e aprendizagem de língua inglesa: conversas com especialistas. São Paulo: Parábola, p. 169-178.
CUNHA, M.C. (2003). O ensino-aprendizagem de línguas: um campo a procura de uma disciplina. Revista Moara, Belém, n. 19, jan.-jun., p. 9-37.
FAIRCLOUGH, N. (1992). Critical Language Awareness. London: Longman.
FIGUEIREDO, D.C. (2000). Critical discourse analysis towards a new perspective of EFL reading. Ilha do Desterro, Florianópolis, n. 38, jan./jun., p. 139-154.
JORDíO, C.M. (2011). O que todos sabem... ou não: letramento crítico e questionamento conceitual. Revista Crop, dez., s/p. Disponível em: www.fflch.usp.br/dlm/inglês/crop. Acesso em: 10 jan. 2018.
______; FOGAÇA, F.C. (2007). EFL teaching, critical literacy and citizenship: a happy love triangle? Línguas e Letras, Cascavel, v. 8. n. 14, p. 79-105.
KUMARAVADIVELU, B. (2003). Toward a postmethod pedagogy. TESOL Quarterly, v. 35, n. 4, p. 537-560.
______. (2006). Understanding language teaching: from method to post method. Londres: Lawrence Erlbaum Associates.
LEFFA, V. (2012). Ensino de línguas: passado, presente e futuro. Revista de Estudos da Linguagem. v. 20, n. 2, p. 389-411.
MACEDO. E. (2006). Currículo como espaço-tempo de fronteira cultural. Revista Brasileira de Educação. v. 11, n. 32, p. 285-372.
MATEUS, E.F. (2005). Atividade de aprendizagem colaborativa e inovadora de professores: ressignificando as fronteiras dos mundos universidade-escola. Tese. (Doutorado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem) – Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.
MEURER, J.L.; BONINI, A.; MOTTA-ROTH, D. (2005). Gêneros: teorias, métodos e debates. São Paulo: Parábola.
PARAíSO, M.A. (2005). Currículo-Mapa: linhas e traçados das pesquisas pós-críticas sobre currículo no Brasil. Educação e Realidade, n. 30, v. 1, p. 67-82.
PENNYCOOK, A. (2001). Critical applied linguistics: a critical introduction. Mahwah; New Jersey: Lawrence Erlbaum Associated Publishers.
PINAR, W.F. (2011). Four concepts. In: ______ (Org.). Curriculum studies in Brazil: intellectual histories, present circumstances. New York: Palgrave Macmillan.
ROCHA, C.H; MACIEL, R.F. (2015). Ensino de língua estrangeira como prática translíngue: articulações com teorizações bakhtinianas. D.E.L.T.A., n. 31-32, p. 451-485.
SCHMITZ, J.R. (1992). Linguística Aplicada e o ensino de línguas estrangeiras no país. Alfa, São Paulo, v. 36, p. 213-236.
SILVA, T. T. (2001). O currículo como fetiche. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica.
TAGLIEBER, L.K. (2000). Critical reading and critical thinking: the state of the art. Ilha do Desterro, Florianópolis, n. 38, p. 15-37.
TOMITCH, L.M. (2000). Designing reading tasks to foster critical thinking. Ilha do Desterro, Florianópolis, n. 38, p. 83-90.
UNESPAR. (2015). Programa de reestruturação dos cursos da Unespar: diretrizes gerais. Universidade Estadual do Paraná.
UNESPAR. (2017). Programa de reestruturação dos cursos da Unespar: princípios gerais, diagnóstico dos cursos e eixos para a construção dos novos PPCs. Universidade Estadual do Paraná.
VIEIRA, M.C. (2018). Simplicidade premiada. Veja. São Paulo: Abril, n. 13, p. 86-88, 28 mar.