É permitido proibir: a práxis sonora da pacificação
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https://doi.org/10.33871/23179937.2015.3.2.892Resumo
O artigo reflete sobre os impactos da implantação das assim chamadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em áreas favelizadas da cidade do Rio de Janeiro e, em particular, sobre práticas e eventos musicais e públicos aos mesmos relacionados, em um conjunto específico de favelas, a Maré. Para tal, entrecruza a análise de bibliografia selecionada e os resultados de pesquisas de campo junto a MCs, DJs e produtores de eventos, antes e depois do início da ocupação militar da Maré, com vistas à implantação de UPPs na região. Conclui-se que, seguindo tendências imemoriais de clientelismo e assistencialismo que encobrem padrões de autoritarismo, alienação e extermínio de setores percebidos como vulneráveis a uma sociedade desigual, as referidas políticas públicas reproduzem ou reforçam estereótipos culturais associados às classes perigosas e abrem caminho a "leis" de exceção em torno de práticas musicais, solapando fundamentos básicos a um Estado democrático e de direitos.
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Copyright (c) 2015 Alexandre Dias Silva, Alice Emery, Elza Maria Cristina Laurentino de Carvalho, Jaqueline Calazans, Juliana Catinin, Matheus Nogueira Pessoa, Naiane Santos Silva, Rodrigo Heringer, Samuel Araujo, Sinesio Jefferson Andrade Silva, Sterre Gilsing
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