Avaliar é desvendar metáforas: reflexões sobre avaliação em Educação Musical

Visualizações: 242

Autores

  • Alexandre Siqueira de Freitas Universidade Federal do Espí­rito Santo

DOI:

https://doi.org/10.33871/23179937.2018.6.3.2641

Resumo

Procuramos, ao longo deste texto, expor e problematizar alguns dos muitos aspectos da avaliação em artes, particularmente em educação musical. Para isso, nos amparamos em conceituações e reflexões provindas de autores de diversos campos, como Luigi Pareyson, Teixeira Coelho, João-Francisco Duarte Júnior e Keith Swanwick. Ressaltamos a necessidade da explicitação do caráter simbólico de toda avaliação, muitas vezes empobrecido pelo imperativo institucional de quantificação de processos e produtos. A partir de considerações sobre a proposta avaliativa de Swanwick, fundamentada na "Teoria Espiral de Desenvolvimento Musical" , a avaliação musical é entendida como uma constante busca por metáforas que transformam experiências ordinárias em experiências artí­sticas e significativas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alexandre Siqueira de Freitas, Universidade Federal do Espí­rito Santo

Doutor em Artes/MuÌsica pela Universidade Paris-Sorbonne e pela Universidade de São Paulo (cotutela), Mestre em Musicologia pela Universidade de Toulouse (Le Mirail) e Bacharel em MuÌsica (Piano) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente eÌ professor dos cursos de MuÌsica (Licenciatura e Bacharelado) da Universidade Federal do EspiÌrito Santo (UFES) e do Programa de PoÌs-Graduação em Artes da mesma universidade. EÌ co-liÌder do Grupo de Pesquisas "NuÌcleo de Estudos em MuÌsica e Educação" (UFES). AleÌm de estudos na aÌrea de educação, desenvolve pesquisas em teoria da arte, relações entre modalidades artiÌsticas, esteÌtica e poeÌtica. EÌ autor do livro "Rencontre des arts" (Harmattan, 2015). E-mail: alexandre_sfreitas@yahoo.com.br

Referências

BRITO, Teca Alencar de. Música na educação infantil: propostas para a formação integral da criança. São Paulo: Peirópolis, 2003.

CAREGNATO, Carolina. Relações entre a Teoria Espiral do Desenvolvimento Musical e a Epistemologia Genética. Schème: Revista eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas, UNESP – Marí­lia, Vol. 5, n. 1, p. 128-146, 2013. Disponí­vel em: http://www2.marilia.unesp.br/revistas /index.php/scheme/article/view/3179. Acessado em: 30/09/2016. DOI: https://doi.org/10.36311/1984-1655.2013.v5n1.p128-146

COELHO, Teixeira. O que é ação cultural. São Paulo: Brasiliense, 2001.

DEWEY, John. A arte como experiência. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

DUARTE JÚNIOR. João-Francisco. Fundamentos estéticos da educação. São Paulo: Cortez, 1981.

FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. 2a Ed. São Paulo: UNESP, 2008.

FRANÇA, Cecí­lia Cavalieri. Dizer o indizí­vel?: considerações sobre a avaliação da performance instrumental de vestibulandos e graduandos em música. Revista Per Musi, UFMG – Belo Horizonte, n. 10, p. 31-48, 2004. Disponí­vel em: http://ceciliacavalierifranca.com.br/wp- content/themes/cecilia/downloads/textos/artigos/015_num10_cap_02.pdf. Acessado em: 08/2016.

FREITAS, Alexandre Siqueira de. A importância da música e sua pluralidade nos currí­culos escolares e universitários. Anais do XXVI Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música: Criação Musical, Criações Artí­sticas e Pesquisa Acadêmica. Belo Horizonte, 2016. Disponí­vel em: http://www.anppom.com.br/congressos/index.php/26anppom/bh2016/paper/view/4315/1378. Acessado em: 29/10/2018.

GUIMARAES, Ana Luiza Bernardo; SOUZA, Nádia Aparecida de. A avaliação da aprendizagem em arte: sendas percorridas. Estudos em Avaliação Educacional, São Paulo, Vol. 22, n. 49, p. 305-325, 2011. Disponí­vel em: http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/eae/article/view/1978/1954. Acessado em: 10/09/2016. DOI: https://doi.org/10.18222/eae224920111978

KLEE, Paul. Sobre arte moderna e outros ensaios. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

KOELLREUTTER, Hans J. Análise Fenomenológica do Minueto em Sol maior de J. S. Bach. Cadernos de Análise Musical. São Paulo: Atravez, n. 1, p. 1-8, 1989.

PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. 3a ed.. Tradução de: Maria Helena Nery Garcez. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

____________. Estética: teoria da formatividade. Tradução de: Ephraim Ferreira Alves. Petrópolis: Vozes, 1996.

PLAZA, Julio. Arte/ciência: uma consciência. Revista Ars, São Paulo, Universidade de São Paulo, vol. 1, n. 1, p. 37-47, 2003. DOI: https://doi.org/10.1590/S1678-53202003000100004

SANTOS, Cynthia Geyer Arrusul; HENTSCHKE, Liane; FIALKOW, Ney. Avaliação da execução musical: relação entre as concepções e práticas adotadas por professores de piano. Revista da ABEM, v. 8, n. 5, p. 22-30, 2000. Disponí­vel em: http://www.abemeducacaomusical.com.br/ revistas/revistaabem/index.php/revistaabem/article/ view/449. Acessado em: 30/07/2016.

SWANWICK, Keith. Ensinando música musicalmente. Tradução de Alda Oliveira e Cristina Tourinho. São Paulo: Editora Moderna, 2003.

_____________. Musical Knowledge: Intuition, Analysis and Music Education. London: Routledge, 1994.

TRÉSOR de la Langue Française Informatisé. Disponí­vel em: <http://atilf.atilf.fr/tlf.htm>. Acessado em: 27/07/2016.

Downloads

Publicado

01.12.2018

Como Citar

de Freitas, A. S. (2018). Avaliar é desvendar metáforas: reflexões sobre avaliação em Educação Musical. Revista Vórtex, 6(3). https://doi.org/10.33871/23179937.2018.6.3.2641

Edição

v. 6 n. 3 (2018): Revista Vórtex

Seção

Artigos

Licença

Copyright (c) 2021 Alexandre Siqueira de Freitas

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

Métricas