LABIRINTOS SEM SAÍDA

A TRANSGRESSÃO DAS ESTRUTURAS NARRATIVAS NO MANGÁ KASUTORO SHIKI, DE SHINTARO KAGO

Autores

  • Alexandre Rodrigues da Costa Universidade do Estado de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.33871/sensorium.2024.11.9482

Resumo

Neste artigo, analisamos narrativas do mangá Kasutoro Shiki, desenhado e escrito por Shintaro Kago, com o objetivo de entender como o enquadramento, por meio de experiências que o artista realiza sobre os espaços vazios da página, rompe com a coerência entre personagens e acontecimentos, de maneira a deformar o espaço de representação e os corpos que nele estão. Para isso, nos valemos dos estudos voltados para o enquadramento e a linguagem dos quadrinhos de Jacques Aumont, Thierry Groensteen, Scott McCloud e Barbara Postema, assim como de textos de Georges Bataille, Gilles Deleuze e Wolfgang Kayser, para entender como as narrativas de Shintaro Kago se baseiam em processos de heterogenia, desterritorialização e desorientação das imagens.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alexandre Rodrigues da Costa, Universidade do Estado de Minas Gerais

Professor Doutor das disiciplinas de História da Arte, Teoria e Crí­tica de Arte, do departamento de Disciplinas Teóricas e Psicopedagógicas da Escola Guignard (Universidade do Estado de Minas Gerais).

Referências

AUMONT, Jacques; MARIE, Michel. Dicionário teórico e crítico de cinema. Tradução de Eloisa Araújo Ribeiro. Campinas: Papirus, 2003.

BARTHES, Roland. A metáfora do olho. In: BATAILLE, Georges. História do olho. Tradução de Eliane Robert Moraes. São Paulo: Cosac Naify, 2003.

BATAILLE, Georges. História do olho. Tradução de Eliane Robert Moraes. São Paulo: Cosac Naify, 2003.

BATAILLE, Georges. Oeuvres complètes I. Paris: Gallimard, 1970.

BATAILLE, Georges. Oeuvres complètes III. Paris: Gallimard, 1971.

BLANCHOT, Maurice. A conversa infinita 3: a ausência de livro, o neutro, o fragmentário. Tradução de João Moura Jr. São Paulo: Escuta, 2010.

CARROLL, Noël. A Filosofia do Horror ou paradoxos do coração. Campinas: Papirus: Ed, Unicamp, 1993.

CONNELLY, Frances S. The grotesque in western art and cultures: the image at play. New York: Cambridge University Press, 2012.

COOLS, Valérie. The Phenomenology of Contemporary Mainstream Manga. Image & Narrative, Vol 12, Nº 1 (2011).

CROWLEY, Patrick; HEGARTY, Paul (Orgs.). Formless: way in and out of form. Bern: Peter Lang, 2005.

DÄLLENBACH, Lucien. The Mirror in the Text. Translated by Jeremy·Whiteley with Emma Hughes. Chicago: The University of Chicago Press, 1989.

DELEUZE, Gilles. A imagem-tempo. Tradução de Eloisa de Araújo Ribeiro. São Paulo: Editora Brasiliense, 2005.

DELEUZE, Gilles. Lógica do sentido. Tradução de Luiz Roberto Salinas. São Paulo: Editora Perspectiva, 2007.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia, vol. 1. Tradução de Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto Costa. São Paulo: Editora 34, 1995.

EDWARDS, Justin; GRAULUND, Rune. Grotesque. London, New York: Routledge, 2013.

FRITZ, Carole; TOSELLO, Gilles. From gesture to myth: Artists’ techniques on the walls of Chauvet Cave. Aurignacian Genius: Art, Technology and Society of the First Modern Humans in Europe. Proceedings of the International Symposium, April 08-10 2013, New York University.

GALBRAITH, Patrick W. The Otaku Encyclopedia: An Insider's Guide to the Subculture of Cool. Tokyo: Kodansha, 2009.

GROENSTEEN, Thierry. O sistema dos quadrinhos. Tradução Érico Assis. Nova Iguaçu: Marsupial, 2015.

HANSEN, Maria Fabricius. The Art of Transformation: Grotesques in Sixteenth-Century Italy. Rome: Edizioni Quasar di Severino Tognon, 2018.

HARPHAM, Geoffrey Galt. On the grotesque: strategies of contradiction in art and literature. New Jersey: Princeton University Press, 2006.

HOLLIER, Denis. Against architecture: the writings of Georges Bataille. Trad. Besty Wing. Massachusetts: The MIT Press, 1989.

KAGO, Shintaro. Kasutoro Shiki. Tokyo: Ohta Publishing; 2005.

KAGO, Shintaro. Pedacinhos. Tradução de Luiz Claudio Bodanese. Rio de Janeiro: DarkSide Books, 2024.

KAYSER, Wolfgang. O grotesco. Tradução de J. Guinsburg. São Paulo: Perspectiva, 1986.

LIBERTSON, Joseph. Bataille and communication: savoir, non-savoir, glissement, rire. In: BOLDT-IRONS, Leslie Anne (Org.). On Bataille: critical essays. Albany: State University of New York, 1995.

LYOTARD, Jean-François. 1986. “L'Acinema". Tradução de Jean-François Lyotard. In: ROSEN, Philip (Org.). Narrative, Apparatus, Ideology: A Film Theory Reader. New York: Columbia University Press, 1986.

MCCLOUD, Scott. Desvendando os quadrinhos. Tradução de Helcio de Carvalho, Marisa do Nascimento Paro. São Paulo: Makron Books, 2004.

PALACIOS, Jesús (Org.). Eroguro, horror y erotismo en la cultura popular japonesa. Asturias: Satori Ediciones, 2018.

POSTEMA, Barbara. Estrutura narrativa nos quadrinhos: construindo sentido a partir de fragmentos. Tradução de Gisela Rosa. São Paulo: Editora Peirópolis, 2018.

RODCHENKO, Alexander. The Line. In: Art into Life: Russian Constructivism 19I4-1932. Washington, Seattle: Henry Art Gallery, 1990.

XAVIER, Ismail. O discurso cinematográfico: a opacidade e a transparência. São Paulo: Paz e Terra, 2005.

Downloads

Publicado

2024-10-24 — Atualizado em 2025-05-28

Versões

Edição

Seção

Artigos