A impossibilidade da ‘arte como tal’ na fronteira decolonial
DOI:
https://doi.org/10.33871/23580437.2022.9.2.34-50Resumo
Este artigo explora os espaços de impossibilidade da arte na fronteira decolonial, como espaços que tem potência poética. Nesse processo analisa o discurso universalista e individualista da estética moderna ocidental repleto de possibilidades que são ao mesmo tempo impossibilidades no contexto das relações entre arte moderna e regimes coloniais. Para fazer visíveis as contradições do discurso e a impossibilidade da arte como lugar de potência estética parte-se da diferenciação de arte como tal de Stephen Wright, da perspectiva descolonizadora de ch'ixi, ou manchado, de Silvia Rivera Cusicanqui e double bind, ou convivência dos contrários, de Gayatri Spivak onde os espaços de impossibilidade da arte colocam em evidência as relações coloniais. Nessas bases observam-se indícios da chamada polícia da arte, de Jacques Rancière, nos casos da arte naive haitiana e arte aborígene australiana. A análise revela evidências da potência estética de espaços onde a arte como tal é impossível e ao mesmo tempo questiona a universalidade da matriz ocidental como uma imposição colonial.
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