MEMÓRIAS DA COZINHA: UMA VANITAS DE PAULO GAIAD

Authors

DOI:

https://doi.org/10.33871/sensorium.2025.12.10804

Keywords:

Paulo Gaiad, Natureza-morta, Vanitas, Pintura contemporânea

Abstract

This article discusses a painting from the series entitled Memórias da cozinha (Kitchen memories), created in 2007 by the artist Paulo Gaiad from Santa Catarina, whose symbolism and visual aspect, we argue, bring it closer to the still life genre, especially the subgenre known as Vanitas. Partly compelled by the pluralistic and appropriative context of contemporary painting, in this work the artist remobilizes and updates the genre, which is taken as a stuff alongside other painting materials. To this end, he adopts resources such as collage and photography, achieving a result that simultaneously preserves and tests the tradition of the genre. To discuss these issues, we seek to investigate the artist's operating modes, analyzing the work and comparing it with other examples of the genre, taken from the history of art.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Luana Maribele Wedekin, UDESC

Professora Associada na graduação em Design, no Departamento de Design do Centro de Artes da UDESC e no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV-UDESC), Linha de Teoria e História das Artes Visuais. Realizou Pós-doutorado na linha de Teoria e História da Arte no PPGAV/UDESC (2016); doutorado em Psicologia (UFSC, 2015); M.A. em História da Arte pelo The Courtauld Institute of Art (University of London, UK, 2013/2014); mestrado em Antropologia Social (UFSC, 2000); Especialização em Estudos Culturais (UFSC, 1997); graduação em Educação Artística Habilitação em Artes Plásticas (UDESC, 1993). Membro do Comitê Brasileiro de História da Arte (CBHA), membro da Anpap (Associação Nacional de Pesquisadores de Artes Plásticas) e membro da ABCA (Associação Brasileira de Críticos de Arte). Membro do grupo História da Arte: imagem- Acontecimento (PPGAV/UDESC) e do grupo "Montagem no discurso historiográfico artístico" (UnB). Editora da revista Palíndromo (PPGAV - UDESC). Pesquisas atuais confluem para a epistemologia e abordagens metodológicas da história da arte pesquisas sobre história da arte de Santa Catarina, especialmente sobre artistas catarinenses ou aqui radicados; pesquisas sobre coleções de arte catarinense ou de colecionadores aqui radicados e acervos em Santa Catarina; pesquisas sobre arte russa. Os fundamentos teóricos dessas pesquisas repousam principalmente nos estudos de Aby Warburg, seus estudiosos de linhagem italiana, mas também Georges Didi-Huberman.

Cibele da Silva Ribeiro, UDESC

Doutoranda em Artes Visuais, na linha de Teoria e História das Artes Visuais, sob a orientação da Prof.ª Dr.ª Luana Maribele Wedekin, junto ao Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade do Estado de Santa Catarina-UDESC. Mestrado em Artes Visuais (UDESC, 2022); graduação em Artes Visuais Licenciatura (UDESC, 2019). Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.  

References

ALPERS, S. A arte de descrever: a arte holandesa no século XVII. Tradução de Antonio de Pádua Danesi. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1999.

ARTISTA plástico comemora no MASC os 20 anos de sua primeira exposição em Florianópolis e revela obras inéditas produzidas recentemente. Fundação Catarinense de Cultura, 2018. Disponível em: https://www.cultura.sc.gov.br/espacos/masc?mod=pagina&id=10902&grupo=1125. Acesso em 09 abr. 2025.

BÍBLIA, A. T. Eclesiastes. In BÍBLIA ONLINE. Português. Almeida Revista e Atualizada. Sociedade Bíblica do Brasil, 1993. Não paginado. Disponível em: https://www.bibliaonline.com.br/ara/ec/1. Acesso em 14 abr. 2025.

BRYSON, N. Looking at the overlooked: Four essays on Still life painting. Londres: Reaktion Books Ltd, 1990.

CHEREM, R. M. Magia e técnica, contemporaneidade e des-tempo. In: WOSNIAK, C; MEYER, S; NORA, S. O que quer e o que pode ser [ess]a técnica?. Seminários de dança, 2ª edição, Instituto Festival de Dança de Joinville. Joinville: Ed. Letradágua, 2009.

CHEREM, R. M. Memória e poética em Paulo Gaiad. In: CHEREM, R. M. et al. Paulo Gaiad: memória e poética. Projeto de table book para o Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura 2014, Prêmio Catarinense de artes visuais. Acervo Artístico Paulo Gaiad.

CHEREM, R. M. Sensibilidades biográficas e percepções temporais na obra de Paulo Gaiad. In: Anais do XXVIII Simpósio Nacional de História. Florianópolis: UFSC/UDESC, 2015. Disponível em: http://www.snh2015.anpuh.org/resources/anais/39/1434396861_ARQUIVO__SensibilidadesbiograficasepercepcoestemporaisnaobradePauloGaiad.pdf. Acesso em 09 abr. 2025.

DANTO, Arthur. Aprendendo a viver com o pluralismo. Revista Valise, Porto Alegre, v.1, n.2, ano 1, p 147-161, dez. 2011.

DANTO, Arthur. Após o fim da arte: a arte contemporânea e os limites da história. São Paulo: EDUSP, 2006.

FÉLIBIEN, A. A hierarquia clássica dos gêneros. In: LICHTENSTEIN, J. (org.). A pintura –vol. 10: os gêneros pictóricos. Coordenação de tradução: Magnólia Costa. São Paulo: Ed. 34, 2006. p. 38-45

GAIAD, P. R. Memórias da cozinha. Florianópolis, mai. 2002. Não paginado. Acervo Artístico Paulo Gaiad.

GAIAD, P. R. O atestado da loucura necessária ou A vaca preta que pastava em frente da minha casa. Florianópolis, out. 2003. 52 p. Acervo Artístico Paulo Gaiad.

GAIAD, P. R. Perdidos – Lost in Purgatory. Florianópolis, [2004?]. Não paginado. Acervo Artístico Paulo Gaiad.

GAIAD, P. R. I luoghi reali, le vite immaginarie e le memorie di cucina di Paulo Gaiad. [Entrevista concedida a] Helena Labus. [2006]. Não paginado. Acervo Artístico Paulo Gaiad.

GAIAD, P. R. [Projeto para] 7º Prêmio Sérgio Motta de Arte e Tecnologia: Conversas com uma vaca preta. Florianópolis, [2007a]. Acervo Artístico Paulo Gaiad.

GAIAD, P. R. Arte e memória: a fé de um campechano. [Entrevista concedida a] jornal Fala Campeche, Florianópolis, ano 10, nº 20, p. 12, mar. 2007b.

GAIAD, P. R. Artista plástico comemora no MASC os 20 anos de sua primeira exposição em Florianópolis e revela obras inéditas produzidas recentemente. [Entrevista concedida a] Fundação Catarinense de Cultura, Florianópolis, [2007c]. [Publicado em 27 fev. 2018]. Disponível em: https://www.cultura.sc.gov.br/espacos/masc?mod=pagina&id=10902&grupo=1125. Acesso em 25 abr. 2025.

GAIAD, P. R. Mariana de Abreu entrevista o artista plástico Paulo Gaiad. [Entrevista concedida a] Programa 20vê, TVCOM/RBS. Museu de Arte de Santa Catarina, Florianópolis, 2007d. 12min47s. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=s19aQo41fSY. Acesso em 29 abr. 2025.

GAIAD, P. R. Texto do post. Florianópolis, 24 out. 2014. Facebook: Paulo Gaiad. Disponível em: https://www.facebook.com/paulo.gaiad/posts/1493665370911208. Acesso em 27 abr. 2025.

GARCEZ, L. R. N. Paulo Gaiad e a poética da melancolia. In: Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas, 26º, 2017, Campinas. Anais do 26º Encontro da Anpap. Campinas: Pontifícia Universidade Católica de Campinas, 2017. pp. 684-692. Disponível em: anpap.org.br/anais/2017/PDF/HTCA/26encontro______GARCEZ_Luciane_Ruschel_Nascimento.pdf. Acesso em 27 abr. 2025.

GOMBRICH, E. H. J. Tradição e expressão na natureza-morta ocidental. In: Meditações sobre um cavalinho de pau e outros ensaios sobre a teoria da arte. Tradução: Geraldo Gerson de Souza. São Paulo: EDUSP, 1999. p. 95-105.

LAZZARI, L. As quase-memórias de Paulo Gaiad. Disforme, Florianópolis, jul. 2004. p. 82-89. Acervo Artístico Paulo Gaiad.

LIMA, F. Paulo Gaiad. Florianópolis: Tempo Editorial, 2010.

LIMA, W. J. da C. Pintura, fotografia e memória na produção artística de Paulo Gaiad. DAPesquisa, Florianópolis, v. 16, p. 01-22, 2021. DOI: 10.5965/18083129152021e0024. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/dapesquisa/article/view/20172. Acesso em: 10 abr. 2025.

MICHAUD, Yves. La crise de l’art contemporain: utopie, démocratie et comédie. Paris: PUF, 1997.

MUSEO POLDI PEZZOLI. Ritratto di uomo (r.); Memento mori (v.), de Andrea Previtali. In: Collezioni. Milão: Museo Poldi Pezzoli, 2025. Disponível em: https://museopoldipezzoli.it/scopri/collezioni/catalogo/opera/?guid=47bdfe46-3859-4e88-9569-cd0e6323c49e. Acesso em: 22 abr. 2025.

NAVA, R. Natureza-morta ultraprocessada. Brasília: Editora Estrondo, 2022. 65 p. Disponível em: https://livrosdefotografia.org/publicacao/41413/natureza-morta-ultraprocessada. Acesso em: 23 abr. 2025.

RIBEIRO, C. da S. A natureza-morta em Paulo Gaiad: remobilização e reorganização de um gênero pictórico. 2022. 175 f. Dissertação. (Mestrado em Artes Visuais) – Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2022. Disponível em: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/17629. Acesso em 26 maio 2025.

SCHAPIRO, Meyer. As maçãs de Cézanne: um ensaio sobre o significado da natureza morta. In: SCHAPIRO, M. A arte moderna: séculos XIX e XX: ensaios escolhidos. São Paulo: EDUSP, 1996. p. 33-77.

SIQUEIRA, S. Vanitas vanitatis. Revista Ângulo - Cadernos do Centro Cultural Teresa D'Ávila, Lorena, n. 110, p. 43-48, jul./set., 2007.

WITECK, A. P. G. A Vanitas em obras de arte contemporânea: um estudo iconográfico. 2012. 125 f. Dissertação. (Mestrado em Artes Visuais) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2013. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/handle/1/5212. Acesso em 09 abr. 2025.

Published

2025-09-14