Não é bigbang, é o bigboom da live!
DOI:
https://doi.org/10.33871/23580437.2020.7.2.181-192Palavras-chave:
performance, mídias digitais, tecnologia, arte contemporânea, pandemia.Resumo
Em meio à pandemia de Covid-19 os espaços físicos de circulação dos corpos foram transvertidos em uma maior circulação pelo meio virtual, os corpos antes vistos em materialidade passam para uma imagem que se mostra restrita ao enquadramento da tela. Nesse contexto emergem as mais diversas lives e com elas surge toda uma gama de códigos estabelecidos como normais ao uso dessa plataforma. Tocadas por essas e outras questões, as autoras desse texto desenvolveram a "Performance em Pauta" , uma contra-performance que se mimetiza de live e abre conexões outras de presença, afeto e da própria pesquisa artística de ambas as proponentes. Em duas edições realizadas da ação, a coautoria se torna uma constante: tanto pela atuação do próprio dispositivo digital/rede de internet que dialogam com as performers por meio da oferta de falhas e erros recorrentes e prontamente incorporados ao trabalho, quanto pela coautoria dos espectadores que assistiam ao trabalho e passam a interferir deliberadamente na construção de outras imagens a partir do que recepcionam. Neste artigo analisamos a criação e desenvolvimento deste trabalho no contexto do isolamento social que atravessa nossas pesquisas, da mesma forma que damos atenção às questões que o próprio fazer da "Performance em Pauta" suscita nas pesquisadoras e no público.
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