Não é bigbang, é o bigboom da live!

Autores

  • Meriney dos Santos Horta Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro http://orcid.org/0000-0002-0537-3995
  • Fernanda de Oliveira Nicolini Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Dança do Departamento de Arte Corporal da Universidade Federal do Rio de Janeiro http://orcid.org/0000-0002-9644-3783

DOI:

https://doi.org/10.33871/23580437.2020.7.2.181-192

Palavras-chave:

performance, mí­dias digitais, tecnologia, arte contemporânea, pandemia.

Resumo

Em meio à pandemia de Covid-19 os espaços fí­sicos de circulação dos corpos foram transvertidos em uma maior circulação pelo meio virtual, os corpos antes vistos em materialidade passam para uma imagem que se mostra restrita ao enquadramento da tela. Nesse contexto emergem as mais diversas lives e com elas surge toda uma gama de códigos estabelecidos como normais ao uso dessa plataforma. Tocadas por essas e outras questões, as autoras desse texto desenvolveram a "Performance em Pauta" , uma contra-performance que se mimetiza de live e abre conexões outras de presença, afeto e da própria pesquisa artí­stica de ambas as proponentes. Em duas edições realizadas da ação, a coautoria se torna uma constante: tanto pela atuação do próprio dispositivo digital/rede de internet que dialogam com as performers por meio da oferta de falhas e erros recorrentes e prontamente incorporados ao trabalho, quanto pela coautoria dos espectadores que assistiam ao trabalho e passam a interferir deliberadamente na construção de outras imagens a partir do que recepcionam. Neste artigo analisamos a criação e desenvolvimento deste trabalho no contexto do isolamento social que atravessa nossas pesquisas, da mesma forma que damos atenção às questões que o próprio fazer da "Performance em Pauta" suscita nas pesquisadoras e no público.

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Biografia do Autor

Meriney dos Santos Horta, Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Mery Horta é artista e pesquisadora das áreas relacionadas de artes visuais, performance e dança. Doutoranda e Mestre em Artes Visuais pelo PPGAV EBA UFRJ. Graduada no Bacharelado em Dança da UFRJ. Integrante do Mó Coletivo e do Grupo Ateliê Terreiro. Desenvolve seus trabalhos a partir de memórias-invenções do corpo com o uso de diferentes linguagens e dispositivos. Site:https://meryhorta.wixsite.com/arte

Fernanda de Oliveira Nicolini, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Dança do Departamento de Arte Corporal da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Fernanda Nicolini é bailarina, performer e pesquisadora. Mestranda em Dança pelo PPGDan UFRJ, é graduada em Design e especialista em ucycling. Investiga desde 2015 as relações entre corpos e objetos, materiais e imateriais e o conceito de corpo formado a partir desta relação. É criadora do video Message to Balzac (2020) selecionado pelo TanzTheaterWuppertal Pina Bausch Create(AL) durante o isolamento social e também das performances Manual Derivado (2018) e O.T.R.A.(2019). Site: www.fenicolini.wixsite.com/fernandanicolini

Referências

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Publicado

2020-11-27

Edição

Seção

Eixo Temático "Arte e Covid-19"