LEITURA E RECEPÇÃO: A TEATRALIDADE EM JOÃO GILBERTO NOLL
DOI:
https://doi.org/10.33871/19805071.2009.4.1.1596Resumo
Este artigo discute que a idéia paradoxal de um público cada vez mais reduzido
– entre 06 e no máximo 20 pessoas por sessão – aponta para uma nova forma de fruiçãoentre o texto, a cena e o público. Considera-se a forma com que a diretora Celina Sodréestabelece sua intima e, por vezes, ostensiva relação com o público. Para ela, é necessárioretirar o aplauso do trabalho, pois ele significa uma devolução daquilo que se oferta demodo sagrado e genuíno. Representa, além de uma resposta aquilo que é puro sentido, umaforma de o público sair reconciliado e de certa forma confortável com a peça. Daí a idéia deum desconforto implacavelmente desejado e trabalhado por ela. A relação do espectador é,em seu teatro, sempre pensada de modo anterior a qualquer outro elemento da cena,buscando romper com a histórica relação de empatia e visão consensual.
PALAVRAS-CHAVE: Recepção; Teatralidade; Apropriação; Processo Criativo.
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