A desterritorialização lésbica na visibilidade submarina de filmes brasileiros contemporâneos
DOI:
https://doi.org/10.33871/19805071.2023.29.2.8084Palabras clave:
cinema lésbico, queer, devir-mar, cinema brasileiro, desterritorializaçãoResumen
Este artigo propõe investigar como quatro curtas-metragens brasileiros realizados entre 2019 e 2021, com protagonistas/es lésbicas, produzem formas fílmicas que, tal como o mar, criam desterritórios onde não é possível estabelecer fronteiras fixas e separabilidades entre as pessoas e sua afetação no mundo e com o mundo. Um espaço onde a densidade do fundo do oceano transforma os corpos filmados em transbordamento. Os filmes em questão são Quebramar (2019), de Cris Lyra; Bege euforia (2021), de Anália Alencar; A felicidade delas (2019), de Carol Rodrigues e Uma paciência selvagem me trouxe até aqui (2021), de Érica Sarmet. Juntos, eles testemunham um cinema brasileiro lésbico contemporâneo que não apenas desafia noções pré-estabelecidas de uma imaginação cisheteronormativa do que deve ser o corpo lésbico, como tensionam o constante regime de in/visibilidade da lésbica no cinema (BRANDÃO, SOUSA, 2019) usando, com frequência, um devir-mar em suas estratégias audiovisuais.
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