ESCREVIVÊNCIAS SOBRE CORPO, DANÇA E(M) EDUCAÇÃO NO CENÁRIO ACADÊMICO BRASILEIRO
DOI:
https://doi.org/10.33871/19805071.2023.28.1.7391Palavras-chave:
Corpo, Educação, Escrevivências, Conceição EvaristoResumo
Este artigo parte de inquietações ao longo de meus estudos em nível de doutoramento em educação em uma universidade pública brasileira, em busca de um conceito-experiência-método de escritura que pudesse dar conta de um corpo-artista-docente-pesquisador na escritura de sua tese. Corpo em educação. Corpo de um professor preto e afeminado. Foi dançando em busca de experimentar outras corporalidades na pesquisa em educação que me encontrei com a escrevivência de Conceição Evaristo e mais especificamente com as ‘escrevivências’. Encontra-se aqui, em seus diversos textos, palavra que é corpo, corpo que é palavra. As pesquisas em plataformas online de reconhecimento científico, permitem constatar uma visível ascensão do uso das ‘escrevivências’ no cenário acadêmico brasileiro. Porém, esse crescimento é recente e tardio, visto que Conceição Evaristo criou o conceito-experiência em sua dissertação no final dos anos 90 e é somente a partir de 2017, que temos um número mais expressivo de trabalhos que o utilizam. Este artigo, portanto, é o resultado de uma pesquisa preliminar do estado da arte sobre pesquisas em/sobre corpo, dança, performance e educação que têm por protocolo e posicionamento político-estético o uso das ‘escrevivências’, possibilitando que os corpos pretos, afeminados falem sobre si mesmos, produzam conhecimento, mobilizem normas e tragam novas poéticas para a academia.
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