Feituras manuais com a cidade: remendar arte e mundo
DOI:
https://doi.org/10.33871/19805071.2020.23.2.3695Resumo
Esse texto é um convite para costurar à mão o rasgo entre fazer artístico e espaço da cidade, a partir da perspectiva da prática com as mãos na rua, prática que vem se tecendo desde 2017 no centro histórico da cidade de Curitiba-PR. Na investigação de uma poética relacional, que clama pela dissolução tanto da autoria e do artista, quanto do espectador, escrevo três fragmentos que tem como pergunta central as convivências sociais. No primeiro apresento a prática das mãos na rua acompanhada da noção de inoperosidade de Giorgio Agamben, buscando compreender como os fazeres manuais em espaço público alargam horizontes e sentidos entre arte, vida e mundo. Para aprofundar essa proposta, na segunda escrita serão mapeados os conceitos de Escultura Social de Joseph Beuys, a ênfase nos fazeres manuais no currículo escolar da pedagogia Waldorf, e a prática da performance como proposição desestabilizadora das relações entre sujeito e ambiente, a partir da obra de Eleonora Fabião. Por último um relato pessoal da narrativa das mãos no fazer artesanal de cadernos e a questão da coordenação social, vivência que se deu durante o processo de dissertação de mestrado.Downloads
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