“Papai, que bom, porque eu sou pretinha também"
práticas artístico-pedagógicas interseccionais na escola
DOI:
https://doi.org/10.33871/19805071.2025.33.2.11016Palavras-chave:
Pedagogias das Artes Cênicas, Teatro na escola, Interseccionalidade, Infâncias dissidentesResumo
Este artigo é resultado de uma pesquisa de doutorado no xxxxxxxx xx xx-xxxxxx xx xxxxx xxxxx (xxxxxx). A investigação teve como foco os desafios, possibilidades e implicações da atuação docente de um professor de Arte/Teatro bixa-afeminada na mediação de processos criativos com crianças, abordando temas interseccionais (relações étnico-raciais, gênero, sexualidade e geração) no contexto educacional do município de “Itaguaçu” (nome fictício), em Santa Catarina. A análise apresentada neste texto concentra-se em um processo criativo realizado com uma turma do 5º ano do Ensino Fundamental, a partir da proposta artístico-pedagógica de “leitura e teatralidade”. As práticas possibilitaram a escuta das infâncias dissidentes, revelando – a partir de suas vozes e das materialidades por elas criadas – como os marcadores sociais de desigualdades operam nas dinâmicas de opressão, como o racismo, a homofobia e a transfobia na escola. Utilizou-se como pressuposto teórico-metodológico a Pesquisa-Formação, com base em registros e análises no diário de campo, memórias da prática docente e nas materialidades (textos escritos, desenhos, vídeos, áudios e cenas) criadas pelas crianças em sala de aula. O estudo foi fundamentado nas teorias afrofeministas e interseccionais, no âmbito das Pedagogias do Teatro e das Artes Cênicas na escola.
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